Bolsonaro diz que armar população garante que democracia seja preservada
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira que o uso de armas pela população seria uma "segurança" para a democracia no país e, ao afirmar que o regime democrático é inegociável, afirmou que não interessa os meios a serem utilizados para mantê-lo.
"Nós defendemos o armamento para o cidadão de bem, porque entendemos que a arma de fogo, além de uma segurança pessoal para as famílias, ela também é a segurança para a nossa soberania nacional e a garantia de que a nossa democracia será preservada", afirmou, em discurso em Sergipe, durante cerimônia de inauguração da duplicação de um trecho de 40 quilômetros da rodovia BR-101.
"Não interessa os meios que porventura um dia tenhamos que usar. A nossa democracia e a nossa liberdade são inegociáveis", acrescentou o presidente.
Nas últimas semanas, Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre o sistema de votação no país, novamente sem apresentar quaisquer evidências para corroborar essas dúvidas. Na segunda, em discurso a empresários em São Paulo em tom irritado e com várias palavras de baixo calão, o presidente disse que as eleições de outubro deste ano podem ser "conturbadas".
Bolsonaro também tem feito ataques frequentes aos ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Barroso deixou recentemente a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo sucedido por Fachin, que por sua vez entregará o cargo em breve a Moraes, que presidirá a corte durante o pleito.
Bolsonaro permanece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e, segundo as sondagens, seria derrotado pelo petista em um eventual segundo turno.
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