Mulheres do Partido Democrata pedem que Biden e Congresso protejam direitos federais ao aborto
Por David Morgan e David Lawder
WASHINGTON (Reuters) - Lideranças femininas do Partido Democrata pediram neste domingo que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o Congresso norte-americano protejam os direitos ao aborto em âmbito nacional, após a Suprema Corte do país reverter a histórica decisão Roe vs. Wade, em um passo que aumentou as tensões políticas entre governo federal e Estados.
Duas democratas progressistas, a senadora Elizabeth Warren e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, pediram que Biden utilize terrenos federais como um local seguro para a prática em Estados que proíbam ou restrinjam gravemente a prática, após o mais alto tribunal do país reverter na sexta-feira a decisão de 1973 que reconhecia o direito constitucional das mulheres ao aborto.
"Forçar mulheres a manter uma gravidez contra sua vontade, pode matá-las", disse Ocasio-Cortez ao programa do canal NBC Meet the Press.
A candidata democrata ao governo da Geórgia, Stacey Abrams, pediu que os democratas no Congresso transformem Roe vs. Wade em lei, deixando de lado a regra de obstrução do Senado dos EUA que permitiu que os republicanos impedissem a iniciativa no mês passado.
"Nós sabemos que o direito de escolher não deveria ser repartido entre Estados, e que a prática sinistra de retirar os direitos constitucionais e permitir que cada Estado decida a qualidade da sua cidadania é errada", disse Abrams na CNN.
"Eu rejeito a ideia de que essa é a vontade do povo", disse ela em entrevista separada na Fox News.
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