Comissão da Verdade da Colômbia cobra mudança de política de drogas para encerrar violência
Por Luis Jaime Acosta e Oliver Griffin
BOGOTÁ (Reuters) - Líderes colombianos precisam reconhecer como o tráfico de drogas penetrou na cultura, na economia e na política do país e como a guerra global contra as drogas impulsiona o seu conflito armado interno, afirmou a Comissão da Verdade da Colômbia nesta terça-feira, em um relatório aguardado há muito tempo.
A comissão, estabelecida como parte de um acordo de paz de 2016 entre o governo e os agora desmobilizados rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cobrou que o país reavalie o papel das drogas em seu conflito interno de quase 60 anos.
Entre as recomendações da comissão, está a implementação de mudanças significativas nas políticas relacionadas às drogas, com foco em regulamentação, assim como a liderança de uma conversa mundial sobre mudanças de políticas.
Outras recomendações incluem avançar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), combate à corrupção e garantias de qualidade de vida e dignidade para todas as comunidades.
O presidente eleito da Colômbia, Gustavo Preto, compareceu à apresentação e prometeu colocar em prática as recomendações.
De 1985 a 2018, 450.664 pessoas foram mortas no conflito, segundo a Comissão da Verdade, e 55.770 foram sequestradas entre 1990 e 2018.
A Colômbia, grande exportadora de cocaína, entrou na guerra às drogas nos anos 1980, sob pressão dos Estados Unidos, e continua sendo pressionada pelos EUA para erradicar a coca, principal ingrediente da cocaína, e combater o tráfico, disse o relatório.
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