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Entrada de Suécia e Finlândia na Otan é 'desestabilizadora', diz diplomata russo

30.mai.2017 - Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia - Alexander ShcherbakTASS via Getty Images
30.mai.2017 - Sergei Ryabkov, vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia Imagem: Alexander ShcherbakTASS via Getty Images

29/06/2022 13h24Atualizada em 29/06/2022 13h39

A Rússia vê os planos de Suécia e Finlândia de aderir à Otan como um movimento desestabilizador, disse o vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, nesta quarta-feira, após os dois países nórdicos avançarem para ingressar rapidamente na aliança militar.

"Consideramos a expansão da aliança do Atlântico Norte como um fator puramente desestabilizador nos assuntos internacionais. Ela não acrescenta segurança nem aos que a estão expandindo, nem aos que se juntam a ela, nem a outros países que percebem a aliança como uma ameaça", disse Ryabkov, segundo a agência de notícias Interfax.

Finlândia e Suécia anunciaram seus pedidos para aderir à Otan em maio, citando a invasão russa da Ucrânia como motivo para abandonarem décadas de neutralidade na política externa.

Evitar a expansão da Otan até as fronteiras da Rússia foi exatamente o motivo citado pelo presidente russo, Vladimir Putin, ao lançar a invasão, que ele chama de "operação militar especial", de Moscou na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Mas a Rússia tem enviado sinais mistos sobre os riscos para sua segurança devido à entrada de Finlândia e Suécia na aliança.

Em maio, Putin afirmou: "Quanto à expansão, a Rússia não tem nenhum problema com esses Estados — nenhum. E assim, neste sentido, não há nenhuma ameaça imediata à Rússia de uma expansão (da Otan) para incluir esses países".

A Turquia, que faz parte da Otan, ameaçou inicialmente bloquear a adesão de Finlândia e Suécia, citando o que chamou de apoio da Suécia a militantes curdos e sua proibição de exportação de alguns tipos de armas para a Turquia.

No entanto, a Turquia abandonou suas objeções às candidaturas dos dois países à Otan na terça-feira, quando a aliança iniciou uma cúpula de três dias em Madri.