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EUA repensam medidas tarifárias contra China após resposta por visita de Pelosi a Taiwan, dizem fontes

10/08/2022 20h12

Por Jeff Mason e David Lawder

WASHINGTON (Reuters) - Os jogos de guerra da China em torno de Taiwan têm levado autoridades do governo dos Estados Unidos a recalibrar seu pensamento sobre eliminar ou potencialmente impor algumas tarifas a Pequim, deixando essas opções de lado por enquanto, de acordo com fontes familiarizadas com as deliberações.

O presidente norte-americano, Joe Biden, não tomou uma decisão sobre o assunto, disseram as autoridades. Sua equipe vem debatendo há meses com várias maneiras de aliviar os custos das tarifas impostas às importações chinesas durante o mandato do antecessor Donald Trump, enquanto tenta conter a disparada da inflação.

O governo tem considerado combinar a eliminação de algumas tarifas, o início de uma nova investigação da "Seção 301" em áreas com potencial para tarifas adicionais e a expansão de uma lista de exclusões tarifárias para ajudar empresas dos EUA que são dependentes de certos suprimentos da China.

As tarifas tornam as importações chinesas mais caras para as empresas norte-americanas, que, por sua vez, tornam os produtos mais caros para os consumidores. Reduzir a inflação é um dos principais objetivos do democrata Biden antes das eleições legislativas de novembro, que podem transferir o controle de uma ou ambas as casas do Congresso norte-americano para os republicanos.

Mas a resposta de Pequim à visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan, na semana passada, desencadeou um recálculo por autoridades do governo, que estão dispostas a não fazer nada que possa ser visto pela China como uma escalada, enquanto procuram evitar parecer que estão recuando diante da agressão do país comunista.

"Eu acho que Taiwan mudou tudo", disse uma fonte familiarizada com os últimos desenvolvimentos do processo, cujos detalhes não foram divulgados anteriormente.