Ex-procurador-geral do México é preso por envolvimento em caso de estudantes desaparecidos
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O ex-procurador-geral mexicano Jesus Murillo foi preso sob acusação de desaparecimento forçado, tortura e obstrução da Justiça no âmbito da investigação que apura o desaparecimento de 43 estudantes em 2014, informaram autoridades mexicanas nesta sexta-feira.
A Procuradoria-Geral do México disse em comunicado que a Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão emitido por um juiz da Cidade do México contra Jesus M., que uma fonte da procuradoria confirmou ser Murillo.
O ex-procurador-geral, que mora na área da Cidade do México, foi preso do lado de fora de sua casa e levado para uma unidade da Procuradoria-Geral, informou o órgão.
Murillo foi procurador-geral entre 2012 e 2015, no governo do ex-presidente Enrique Peña Nieto. Naquela época, Murillo supervisionou a investigação altamente criticada sobre o desaparecimento dos 43 alunos da Escola de Professores Rurais de Ayotzinapa, no Estado de Guerrero, no sudoeste do país.
Especialistas internacionais criticaram o inquérito oficial apontando erros e abusos, e o atual presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, assumiu o cargo em 2018 prometendo esclarecer o que aconteceu no caso.
A prisão ocorre um dia depois de o principal funcionário de direitos humanos do México, Alejandro Encinas, chamar o desaparecimento de "crime de Estado" devido ao envolvimento do governo. Ele também disse que os mais altos níveis do governo de Peña Nieto orquestraram um encobrimento após o incidente.
O México está tentando extraditar de Israel um dos ex-funcionários que serviram sob Murillo e que é acusado de manipular a investigação.
(Reportagem de Kylie Madry, Daina Beth Solomon, Adriana Barrera, Lizbeth Diaz e Isabel Woodford)
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