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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Moscou encerra cessar-fogo autoproclamado e promete seguir em frente na Ucrânia

Mulher ao lado de buraco formado durante ataque de míssil que ocorreu neste domingo (8) em Kramatorsk, na Ucrânia - REUTERS/Clodagh Kilcoyne
Mulher ao lado de buraco formado durante ataque de míssil que ocorreu neste domingo (8) em Kramatorsk, na Ucrânia Imagem: REUTERS/Clodagh Kilcoyne

Lidia Kelly, David Ljuggren e Pavel Polityuk

08/01/2023 12h27

O bombardeio russo em regiões no leste da Ucrânia matou pelo menos duas pessoas durante a noite, disseram autoridades locais hoje, depois que Moscou encerrou um autodeclarado cessar-fogo em razão do Natal ortodoxo e prometeu continuar com o combate até alcançar uma vitória sobre seu vizinho.

O presidente Vladimir Putin havia ordenado um cessar-fogo de 36 horas na sexta-feira. A Ucrânia rejeitou a trégua, e o estado-maior das forças armadas ucranianas disse que as tropas russas bombardearam dezenas de posições e assentamentos ao longo da linha de frente no sábado.

Um homem de 50 anos morreu na região nordeste de Kharkiv como resultado do bombardeio da Rússia durante a noite, disse Oleh Synehubov, governador da região, no aplicativo de mensagens Telegram. Uma pessoa foi morta em outro ataque durante a noite em Soledar, na região leste de Donetsk, disseram autoridades locais.

A maioria dos cristãos ortodoxos ucranianos celebra tradicionalmente o Natal em 7 de janeiro, assim como os cristãos ortodoxos na Rússia. Mas este ano, a Igreja Ortodoxa da Ucrânia, a maior do país, também permitiu uma celebração em 25 de dezembro. Ainda assim, muitos celebraram o feriado no sábado, reunindo-se em igrejas e catedrais.

O Kremlin disse que Moscou vai prosseguir com o que chama de "operação militar especial" na Ucrânia, uma invasão que lançou em 24 de fevereiro e que Kiev e seus aliados ocidentais chamam de agressão não provocada visando a tomada de territórios.

"As tarefas definidas pelo presidente (Putin) para a operação militar especial ainda serão cumpridas", disse a agência estatal russa TASS, citando o primeiro vice-chefe de gabinete de Putin, Sergei Kiriyenko.