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Campanha de Biden lança novos anúncios sobre aborto voltados para homens latinos

03/05/2024 09h44

Por Trevor Hunnicutt

WASHINGTON (Reuters) - Joe Biden aumentará os gastos este mês como parte de um novo esforço publicitário destinado em parte a convencer os homens latinos de que o direito ao aborto é uma questão vital que os afeta, informou nesta sexta-feira a campanha do presidente dos Estados Unidos para as eleições de 2024.

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Um anúncio de televisão, rádio e digital veiculado em inglês e espanhol em Estados com disputas acirradas apresenta Cesar Carreon, um veterano do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA que agora trabalha como carpinteiro em Las Vegas, mencionando suas filhas e atacando Trump por tirar a "liberdade" das mulheres.

A campanha gastará mais de 1 milhão de dólares em mídia hispânica somente em maio, e mais nos próximos meses. Os planos para a campanha publicitária não tinham sido informados anteriormente.

A campanha de Biden busca aproveitar uma vantagem financeira antecipada sobre o republicano Donald Trump para reforçar o apoio em declínio entre os principais blocos eleitorais do presidente, incluindo a comunidade latina que favoreceu o democrata por mais de 30 pontos em 2020.

Assim como outros americanos, os eleitores latinos dizem aos pesquisadores que estão especialmente preocupados com a economia dos EUA, que apresentou aumento de preços juntamente com crescimento estável após a pandemia de Covid-19.

Em eleições anteriores, os democratas sempre trabalharam para atrair os eleitores latinos em questões econômicas. Os latinos têm duas vezes mais chances do que os americanos em geral de se identificarem como católicos, de acordo com o Pew Research Center, e alguns têm opiniões socialmente mais conservadoras do que outros eleitores democratas.

Mas a equipe de Biden aponta para dados que mostram a preocupação entre os eleitores latinos e outros sobre uma série de questões, incluindo o que a campanha de Biden chama de "liberdade reprodutiva".

Os latinos representam quase um terço da população do Arizona e de Nevada, dois Estados especialmente competitivos na eleição presidencial de 2024.

O Senado do Arizona votou na quarta-feira para revogar uma proibição do aborto de 1864 que, de outra forma, teria entrado em vigor dentro de semanas. A votação ocorreu depois de uma decisão da Suprema Corte dos EUA que acabou com o direito constitucional ao aborto.

Na Flórida, um Estado fortemente latino que Biden espera tornar mais competitivo este ano, uma proibição do aborto após seis semanas acabou de entrar em vigor. Cerca de 6,5 milhões de latinas vivem em 26 Estados que proibiram ou provavelmente proibirão o aborto, de acordo com dados da campanha de Biden.

Os democratas prometeram criar um direito nacional ao aborto em um segundo mandato de Biden, apesar de não terem feito isso quando controlaram o Congresso por margens estreitas de 2021 a 2023.

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