Grupo de países realiza tentativa final de salvar lei da natureza da UE
Por Kate Abnett
BRUXELAS (Reuters) - Um grupo de 11 países liderado pela Irlanda está realizando uma última tentativa de aprovar a principal política da União Europeia para recuperar a natureza danificada, em meio a preocupações de que a lei possa ser arquivada após as eleições para o Parlamento Europeu em junho.
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A lei estaria entre as maiores políticas ambientais da UE, exigindo que os países implementem medidas de restauração da natureza em 20% de suas terras e mares até 2030.
Os países da UE haviam planejado aprovar a política em março, mas cancelaram a votação depois que a Hungria retirou seu apoio de forma inesperada, eliminando a pequena maioria favorável à legislação.
"A restauração dos ecossistemas é essencial para mitigar e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas e para salvaguardar a segurança alimentar europeia", afirmaram os 11 países em uma carta aos ministros do Meio Ambiente de outros membros da UE, publicada nesta terça-feira.
"Nossa incapacidade de agir agora, como líderes da UE, prejudicaria fundamentalmente a fé pública em nossa liderança política", afirmaram.
A carta foi assinada por Chipre, República Tcheca, França, Dinamarca, Estônia, Alemanha, Irlanda, Lituânia, Luxemburgo, Eslovênia e Espanha.
Os países da UE e os parlamentares chegaram a um acordo no ano passado, mas alguns alertaram que a lei imporia regras onerosas a setores da economia. Agricultores têm realizado protestos em toda a Europa por questões que incluem regulamentações rigorosas da UE.
Diplomatas da UE disseram nesta terça-feira que nenhum país havia mudado sua posição sobre a lei desde março -- deixando os membros em um impasse.
Hungria, Itália, Holanda e Suécia se opõem à política, enquanto Áustria, Bélgica, Finlândia e Polônia pretendem se abster. Os outros países da UE apoiam a legislação.