Panamá diz que voos estão operando normalmente depois que avião para Venezuela foi bloqueado
Aida Pelaez;Fernandez;Elida Moreno;Vivian Sequera;
Caracas/Cidade do Panamá
26/07/2024 18h35Atualizada em 26/07/2024 21h11
Autoridades da Venezuela e do Panamá disseram nesta sexta-feira que as viagens aéreas normais entre os países foram retomadas depois de o Panamá acusar a Venezuela de bloquear um avião que transportava ex-presidentes que iriam a Caracas para observar as eleições de domingo.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, disse nas redes sociais nesta sexta-feira que o avião não tinha permissão para decolar enquanto os ex-presidentes estivessem a bordo.
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Um dos passageiros, o ex-presidente mexicano Vicente Fox, compartilhou um vídeo do Aeroporto de Tocumen, no Panamá, no qual ele disse: "(O presidente da Venezuela) Nicolás Maduro fez com que todos os voos da Copa com destino a Caracas e à Venezuela fossem suspensos".
Os voos foram retomados desde então, disse o ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez-Acha, mais tarde.
"O governo venezuelano bloqueou o espaço aéreo de seu país para a Copa Airlines por várias horas", disse ele.
Entre os passageiros do avião, além de Fox, estavam Mireya Moscoso, do Panamá, Miguel Ángel Rodríguez, da Costa Rica, e Jorge Quiroga, da Bolívia. Eles disseram em uma coletiva de imprensa que gostariam de estar na Venezuela, mas não especificaram se ainda tentariam viajar para lá.
A autoridade aérea estatal da Venezuela e o ministro dos Transportes do país disseram que a afirmação anterior de Mulino era falsa e publicaram fotos da Copa Airlines operando no espaço aéreo venezuelano a partir do site de rastreamento de voos FlightRadar.
Na semana passada, a Venezuela emitiu um decreto fechando movimentos de fronteira por terra, ar e mar, a partir da meia-noite de sexta-feira. O governo disse que a medida foi tomada para manter a segurança e proteger a eleição presidencial no domingo, na qual Maduro busca um terceiro mandato.
Entre os passageiros do avião estavam ex-presidentes, incluindo Mireya Moscoso, do Panamá, e Vicente Fox, do México.
Autoridades norte-americanas disseram a repórteres nesta sexta-feira que Washington acha preocupante que Maduro tenha tomado atitudes para restringir o monitoramento eleitoral internacional. Os EUA pediram que ele reconsiderasse a decisão de impedir que ex-presidentes regionais viajassem para observar as eleições.
Maduro afirmou que a Venezuela detém o sistema eleitoral mais transparente do mundo.