Agência ambiental dos EUA precisa abordar risco da água fluoretada para QI de crianças, decide juiz

Por Nate Raymond

(Reuters) - Um juiz federal da Califórnia ordenou que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos fortaleça as regulamentações sobre o flúor na água potável, afirmando que o composto representa um risco potencial não razoável para crianças nos níveis que atualmente são típicos em todo o país.

O juiz distrital Edward Chen, em São Francisco, na terça-feira, apoiou vários grupos de defesa, concluindo que a prática atual de adicionar flúor ao abastecimento de água potável para combater cáries apresenta riscos não razoáveis para o desenvolvimento do cérebro das crianças.

Chen disse que os grupos de defesa estabeleceram, durante um julgamento sem júri, que o flúor representa um risco de dano não razoável suficiente para exigir uma resposta regulatória da agência ambiental nos termos da Lei de Controle de Substâncias Tóxicas.

"A literatura científica registrada fornece um alto nível de certeza de que há um perigo presente; o flúor está associado à redução do QI", escreveu Chen, nomeado pelo ex-presidente democrata Barack Obama.

Mas o juiz enfatizou que não estava concluindo com certeza que a água fluoretada colocava em risco a saúde pública.

A decisão foi saudada pelo grupo ambiental Food & Water Watch, que liderou uma coalizão de organizações que processou a EPA em 2017. A agência havia negado a chamada petição do cidadão pedindo que considerasse a proibição de produtos químicos de fluoretação da água potável pública.

"A decisão histórica do tribunal deve ajudar a pavimentar o caminho para padrões de flúor melhores e mais seguros para todos", disse Michael Connett, advogado dos grupos de defesa, em um comunicado nesta quarta-feira.

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