Avaliação de governo Lula fica estável e pequena maioria aprova desempenho do presidente, diz Genial/Quaest

SÃO PAULO (Reuters) - A avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou praticamente estável em dezembro na comparação com outubro, ao passo que uma maioria estreita seguiu aprovando o desempenho pessoal de Lula no cargo, mostrou pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira.

De acordo com o levantamento, realizado pelo instituto Quaest e encomendado pela Genial Investimentos, 33% dos entrevistados têm avaliação positiva do governo Lula, ante 32% em outubro, ao passo que 31% o veem de forma negativa, mesmo patamar da pesquisa anterior, e 34% enxergam o governo como regular, ante 33%. A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual.

Já em relação ao trabalho que Lula vem fazendo em seu terceiro mandato, manteve-se uma ligeira maioria de aprovação, 52%, ante 51% na pesquisa de outubro, enquanto 47% desaprovam Lula, ante 45%.

A pesquisa mostrou ainda que mais pessoas avaliam que o atual mandato de Lula está pior que os dois períodos anteriores dele no Palácio do Planalto, entre 2003 e 2010, com 41% tendo essa avaliação, ante 39% na pesquisa anterior. Em sentido oposto, 35% avaliam que o atual mandato é melhor que os anteriores, ante 40%, e 19% acham que está igual, contra 16%.

Também uma quantidade maior de pessoas acha que o Brasil está indo na direção errada, 46%, ante 47% na pesquisa anterior, enquanto 43% avaliam que o país está no caminho certo, mesmo percentual do último levantamento.

A pesquisa apontou ainda que a maioria dos entrevistados, 51%, têm a expectativa de que a economia melhorará nos próximos 12 meses, ante 45% que tinham essa visão em outubro. Os que avaliam que a economia vai piorar são 28%, ante 36%, e os que acreditam que permanecerá como está somam 17%, ante 18%.

FISCAL E DÓLAR

A Quaest apontou também que a maioria dos entrevistados, 62%, não tinha conhecimento do pacote fiscal anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao passo que 38% já sabiam das medidas anunciadas.

Entre os que disseram saber do pacote, 83% disseram ter entendido completamente as medidas, enquanto 16% disseram que não, e 68% avaliaram que elas não serão suficientes para melhorar as contas públicas, enquanto 23% entendem que serão.

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Haddad também anunciou uma proposta, que depende de aprovação pelo Congresso Nacional, de isenção de imposto de renda para quem ganha até 5 mil reais, medida que gerou reação negativa de agentes do mercado financeiro e contribuiu para uma disparada da cotação do dólar ante o real e a uma elevação expressiva das taxas de juros no mercado futuro.

De acordo com a pesquisa, 56% não sabiam da proposta, ao passo que 43% a conheciam. Além disso, 75% disseram aprovar a medida, enquanto 20% a desaprovaram.

Sobre a alta do dólar, 72% afirmaram que ela impacta na vida, ao passo que 22% avaliaram que não impacta. Também, 84% avaliaram que a elevação da divisa norte-americana provocará alta nos preços de alimentos e combustíveis, enquanto 11% entenderam que não.

A Quaest entrevistou 8.598 pessoas de forma presencial entre os dias 4 e 9 de dezembro.

(Reportagem de Eduardo Simões)

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