Polícia investiga motivação para ataque a tiros de aluna em escola no Wisconsin
(Reuters) - A polícia do Estado norte-americano de Wisconsin estava entrevistando nesta terça-feira amigos e familiares de uma menina de 15 anose e examinando a atuação online dela para determinar o que a levou a abrir fogo em uma sala de aula da própria escola, matando um colega e um professor antes de tirar a própria vida.
A atiradora, identificada pela polícia como Natalie Rupnow, que também atendia pelo nome de Samantha, era aluna da Abundant Life Christian School em Madison, a capital do Estado. Apenas cerca de 3% de todos os ataques a tiros em massa nos EUA são perpetrados por mulheres, segundo estudos.
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A polícia ainda não determinou o motivo. O chefe de polícia de Madison, Shon Barnes, disse à CNN nesta terça-feira que os investigadores estão analisando publicações online e um possível manifesto que a atiradora pode ter deixado.
"Tomamos conhecimento de um manifesto, se você quiser chamá-lo assim, ou algum tipo de carta que foi postada por alguém que alegou ser amigo dela", disse Barnes.
Barnes disse que a polícia também está examinando o celular e o computador da estudante para ver se houve alguma transmissão entre ela e outra pessoa. Outras perguntas que os investigadores estão tentando responder são como a jovem de 15 anos obteve a arma e se os pais dela foram negligentes.
"Essa é uma pergunta que teremos de responder com a promotoria pública", disse Barnes. "Mas, neste momento, esse não parece ser o caso."
Dois alunos feridos estavam em estado grave com ferimentos que ameaçavam a vida, enquanto várias outras vítimas foram feridas e devem sobreviver.
Ataques com armas de fogo em escolas têm sido uma rotina macabra nos Estados Unidos, com 322 deles apenas este ano, de acordo com o site K-12 School Shooting Database. Esse é o segundo maior total de qualquer ano desde 1966, de acordo com esse banco de dados, superado apenas pelo total de 349 ataques no ano passado.
As pesquisas mostram que os eleitores norte-americanos são a favor de verificações mais rigorosas dos antecedentes dos compradores de armas, limites temporários para pessoas em crise e mais requisitos de segurança para o armazenamento de armas em casas com crianças.
No entanto, os políticos têm se recusado em grande parte a agir, citando a proteção constitucional dos EUA para os proprietários de armas.
(Reportagem de Brendan O'Brien, em Chicago)