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Opositor venezuelano que estava em residência diplomática argentina se entregou, dizem fontes

20/12/2024 09h22

Por Vivian Sequera e Mayela Armas

CARACAS (Reuters) - Um dos seis representantes da oposição venezuelana que vivem na residência diplomática argentina em Caracas se entregou ao gabinete do procurador-geral, informaram uma fonte judicial e outra fonte com conhecimento do assunto.

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Os opositores estão na residência desde que foram emitidos mandados de prisão em março, parte do que a oposição diz ser uma feroz repressão do governo à dissidência antes, durante e depois da contestada eleição de julho, que tanto o presidente Nicolás Maduro quanto a oposição afirmam ter vencido.

Fernando Martínez Mottola, assessor da líder da oposição María Corina Machado, que está escondida, apresentou-se voluntariamente ao gabinete do procurador-geral, disse a fonte judicial na noite de quinta-feira. A oposição considera a procuradoria um instrumento de Maduro.

Martínez está em sua própria casa, afirmou a fonte com conhecimento do assunto na noite de quinta-feira, sem dar mais detalhes.

Martínez e outros cinco foram acusados de conspiração.

A residência argentina está atualmente sob custódia do Brasil depois que Buenos Aires cortou relações com Caracas por causa da disputa eleitoral.

Maduro foi declarado vencedor pelas autoridades eleitorais e pelo tribunal superior do país, embora as autoridades não tenham oferecido a apuração dos votos nas urnas.

A oposição publicou a apuração das urnas em um site público que, segundo ela, mostra que seu concorrente, Edmundo González, venceu com folga a disputa. Desde então, González fugiu para a Espanha.

A Argentina concedeu asilo e passagem segura aos seis membros da oposição após os mandados, mas o governo da Venezuela não permitiu que eles saíssem.

A oposição da Venezuela, vários países ocidentais e algumas organizações internacionais condenaram a eleição como não transparente e pediram a publicação completa das cédulas.

O governo diz que a oposição conspirou com países como os Estados Unidos para atacar a rede elétrica da Venezuela e derrubar Maduro, e acusa Machado regularmente de terrorismo.

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