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Ministro da Defesa israelense reivindica, pela primeira vez, responsabilidade por assassinato de líder do Hamas Haniyeh

23/12/2024 19h04

CAIRO (Reuters) -  O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, admitiu nesta segunda pela primeira vez que o país foi responsável pelo assassinato do líder do Hamas Ismail Haniyeh no Irã em julho, intensificando as tensões entre Teerã e o seu arqui-inimigo Israel em uma região chacoalhada pela guerra em Gaza e pelo conflito no Líbano.

"Nesses dias, quando a organização terrorista Houthi está disparando mísseis contra Israel, quero transmitir uma mensagem clara a eles no início das minhas declarações: derrotamos o Hamas, derrotamos o Hezbollah, cegamos os sistemas de defesa do Irã e danificamos os seus sistemas de produção, derrubamos o regime de Assad na Síria, desferimos um golpe severo no eixo do mal e também desferiremos um golpe severo na organização terrorista Houthi no Iêmen, que permanece como a última de pé", disse Katz.

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Israel vai "danificar sua infraestrutura estratégica e vamos decapitar seus líderes – assim como fizemos com Haniyeh, Sinwar e Nasrallah em Teerã, Gaza e Líbano – faremos o mesmo em Hodeidah e Sana'a", disse Katz durante uma cerimônia em homenagem ao pessoal do Ministério da Defesa.

O grupo apoiado pelo Irã no Iêmen tem atacado navios comerciais no Mar Vermelho há mais de um ano para tentar impor um bloqueio naval a Israel, em solidariedade aos palestinos na guerra que já dura um ano de Israel em Gaza.

No final de julho, o líder político do grupo islâmico palestino Hamas foi morto em Teerã em um assassinato atribuído a Israel pelas autoridades iranianas. Na ocasião, não houve reivindicação direta de responsabilidade por parte de Israel pela morte de Haniyeh.

Tendo o Catar como sua base mais frequente recentemente, Haniyeh era o rosto da diplomacia internacional do Hamas enquanto a guerra desencadeada pelo ataque liderado pelo grupo contra Israel em 7 de outubro se intensificava em Gaza. Ele participava de negociações indiretas mediadas internacionalmente para alcançar um cessar-fogo no enclave palestino.

(Reportagem de Menna Alaa, Muhammed Al Gebaly e Emily Rose)

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