Chefe da segurança presidencial da Coreia do Sul alerta contra tentativas violentas de prender presidente afastado
Por Hyunjoo Jin e Jack Kim
SEUL (Reuters) - O chefe de segurança do presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, que está sendo investigado por impedir a prisão do mandatário, renunciou nesta sexta-feira e disse que qualquer esforço adicional para deter o ex-líder deve evitar derramamento de sangue.
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A breve declaração de lei marcial de Yoon em 3 de dezembro mergulhou uma das democracias mais vibrantes da Ásia em um período de turbulência política sem precedentes.
Enquanto a Suprema Corte delibera sobre a decisão dos legisladores de destituir Yoon, que está refugiado em sua residência oficial, autoridades anti-suborno também abriram uma investigação criminal por possível insurreição.
Na semana passada, esses policiais foram impedidos de trazer Yoon para interrogatório em um impasse de seis horas com o Serviço de Segurança Presidencial (PPS), chefiado por Park Chong-jun.
Os investigadores têm um mandado de prisão para Yoon e disseram que estão determinados a detê-lo para interrogatório.
Park, um ex-funcionário graduado da polícia, foi interrogado pela polícia nesta sexta-feira sobre seu papel no impasse da semana passada e seu gabinete anunciou que ele havia apresentado sua renúncia.
Ao chegar à sede da polícia no centro de Seul, ele disse aos repórteres que a atual tentativa de prender um presidente em exercício é errada e que "não deveria haver nenhum confronto físico ou derramamento de sangue em nenhuma circunstância".
O presidente interino Choi Sang-mok, há apenas duas semanas no cargo e envolvido em um caldeirão político, pediu nesta sexta-feira uma nova maneira de resolver o impasse entre os investigadores e a segurança de Yoon.
Ele propôs que o Parlamento preparasse um projeto de lei para nomear um promotor especial. Anteriormente, Choi havia vetado um projeto de lei de promotor especial apoiado pela oposição para investigar a declaração da lei marcial, dizendo que não havia garantia de que uma pessoa independente seria nomeada para liderar a investigação.