Ativistas alemães processam o X e exigem dados sobre influência eleitoral
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Grupos de ativistas processaram a plataforma de rede social X, de Elon Musk, em um tribunal de Berlim, acusando-a de violar a lei europeia ao não fornecer os dados necessários para rastrear desinformações na internet antes da eleição nacional de 23 de fevereiro na Alemanha.
Os dois grupos — a Society for Civil Rights (GFF, em alemão) e a Democracy Reporting International (DRI) — disseram que o X não está fornecendo acesso sistemático a dados como o alcance das publicações e a quantidade de curtidas e compartilhamentos que elas receberam.
"Outras plataformas nos concederam acesso para rastrear sistematicamente os debates públicos em suas plataformas, mas o X se recusou a fazê-lo", disse nesta quarta-feira Michael Meyer-Resende, da DRI, no comunicado que anuncia o processo no tribunal.
Os grupos afirmam ter o direito de receber esses dados de acordo com os termos da Lei de Serviços Digitais da União Europeia.
O X não respondeu a um pedido de comentário enviado por email em um primeiro momento.
Autoridades de toda a Europa têm estado em alerta máximo para evidências de desinformação online sistemática ou operações que buscam influenciar eleições, especialmente desde a eleição presidencial anulada no ano passado na Romênia, onde um candidato pró-russo obteve uma vitória surpreendente no primeiro turno após o que as autoridades consideraram ser uma campanha nas redes sociais dirigida pela Rússia. Moscou negou a interferência.
No caso do X, que ainda é usado por grande parte do governo e da classe política alemã, apesar de algumas saídas recentes, a questão ganha mais urgência com o recente endosso de Musk à extrema-direita alemã.
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