Autoridades do Irã investigam assassinato de estudante que desencadeou protestos
DUBAI (Reuters) - Autoridades do Irã ordenaram uma investigação da morte de um estudante universitário por esfaqueamento durante um assalto, incidente que causou protestos na Universidade de Teerã, informou neste sábado a imprensa estatal.
Enfrentando a ira da opinião pública por causa da inflação alta e da fraqueza da moeda, e temendo novamente “pressão máxima” dos Estados Unidos sob o governo Donald Trump, autoridades iranianas estão cautelosas para evitarem uma repetição de protestos ocorridos em 2022, por causa da morte de uma jovem que estava sob custódia da polícia e que se transformou no maior desafio ao clero que lidera o país desde a revolução de 1979.
O estudante de 19 anos Amir Mohammad Khaleqi foi esfaqueado até a morte por assaltantes em uma motocicleta que roubaram sua mochila no fim de quarta-feira perto de um dormitório, segundo informações da imprensa.
Dezenas de estudantes protestaram na sexta-feira e neste sábado, pedindo maior segurança na região do campus, segundo vídeos postados nas redes sociais. Alguns deles mostravam confrontos com seguranças à paisana. A Reuters não conseguiu confirmar a autenticidade das imagens.
Websites de notícias do Irã informaram que quatro estudantes foram presos e um ficou com o nariz quebrado durante os protestos, mas o ministro das Ciências, Hossein Simaei Sarraf, afirmou que apenas um estudante foi detido, segundo a agência de notícias semioficial ISNA.
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