Chineses lutando pela Rússia na Ucrânia são mercenários, dizem EUA

Mais de cem cidadãos chineses que lutam pelo Exército russo contra a Ucrânia são mercenários que não parecem ter ligação direta com o governo da China, disseram duas autoridades dos EUA familiarizadas com a inteligência norte-americana e um ex-funcionário da inteligência ocidental.

No entanto, oficiais militares chineses estiveram atrás das linhas da Rússia com a aprovação de Pequim para tirar lições táticas da guerra, disse o ex-funcionário à Reuters.

O chefe das forças norte-americanas no Indo-Pacífico, almirante Samuel Paparo, confirmou na quarta-feira que forças ucranianas haviam capturado dois homens de origem chinesa no leste da Ucrânia, após o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy dizer que seu país tinha informações sobre 155 cidadãos chineses que lutavam em nome da Rússia.

A China, que declarou uma parceria "sem limites" com a Rússia e se absteve de criticar a invasão em grande escala da Ucrânia em 2022 por Moscou, chamou os comentários de Zelenskiy de "irresponsáveis" e disse que a China não faz parte da guerra.

As autoridades dos EUA, disseram, sob condição de anonimato, que os combatentes chineses parecem ter treinamento mínimo e não estão tendo nenhum impacto perceptível nas operações militares da Rússia.

A CIA, o gabinete do diretor de Inteligência Nacional dos EUA e o Conselho de Segurança Nacional, assim como a embaixada da China em Washington, não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

O ex-funcionário da inteligência ocidental com conhecimento do assunto disse à Reuters que havia cerca de 200 mercenários chineses lutando pela Rússia, com os quais o governo chinês não tinha nenhum vínculo.

Mas oficiais militares chineses, com a aprovação de Pequim, têm viajado para perto das linhas de frente da Rússia para tirar lições e táticas da guerra. Os oficiais "estão lá absolutamente sob aprovação", disse o ex-oficial.

A China tem fornecido a Moscou apoio material para ajudar em sua guerra contra a Ucrânia, principalmente com o envio de produtos de uso duplo — componentes necessários para manter armas como drones e tanques.

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Pequim também forneceu à Rússia drones letais para uso no campo de batalha. Em outubro, o governo Biden sancionou pela primeira vez duas empresas chinesas por fornecerem os sistemas de armas a Moscou.

Voluntários de países ocidentais, incluindo os EUA, têm lutado pela Ucrânia desde os primeiros dias da guerra, e a Coreia do Norte enviou mais de 12.000 soldados para apoiar as forças russas, milhares dos quais foram mortos ou feridos em combate.

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