Ucrânia e EUA obtêm "progresso significativo" em acordo sobre minerais, diz Kiev

KIEV (Reuters) - A Ucrânia e os Estados Unidos fizeram "progresso significativo" em suas conversas sobre um acordo de minerais e assinarão um memorando em um futuro próximo, disse a primeira vice-premiê ucraniana, Yulia Svyrydenko, nesta quarta-feira.

O presidente dos EUA, Donald Trump, está buscando um acordo bilateral sobre minerais como parte de seu esforço para acabar com a guerra entre Ucrânia e Rússia.

Ele também vê o acordo como uma forma de recuperar bilhões de dólares que os EUA gastaram em assistência militar à Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, tem dito que seu país não reconhecerá a ajuda militar norte-americana como empréstimos.

"Nossas equipes técnicas trabalharam juntas e minuciosamente no acordo, e há um progresso significativo. Nossa equipe jurídica ajustou vários itens do esboço do acordo", disse Svyrydenko em uma publicação no X.

Svyrydenko disse que o trabalho no acordo continuará e que ambos os lados concordaram em assinar um memorando no curto prazo como a primeira etapa para registrar o progresso.

Os EUA reduziram sua estimativa do custo para a assistência fornecida à Ucrânia desde a invasão da Rússia em 2022 para cerca de US$100 bilhões, de US$300 bilhões anteriormente, informou a Bloomberg News nesta quarta-feira, citando pessoas familiarizadas com o assunto.

No mês passado, o governo Trump propôs um novo acordo de minerais mais abrangente, que não fornece à Ucrânia nenhuma garantia de segurança futura, mas exige que ela coloque em um fundo de investimento conjunto toda a renda proveniente da exploração de recursos naturais por empresas estatais e privadas em todo o território ucraniano.

O futuro acordo exigiria a ratificação do Parlamento ucraniano e deve ajudar no crescimento econômico de ambos os países, disse Svyrydenko, mas não forneceu mais detalhes.

"Ele criará oportunidades de investimento e desenvolvimento na Ucrânia e estabelecerá condições para o crescimento econômico tangível tanto para a Ucrânia quanto para os Estados Unidos", disse ela.

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(Por Yuliia Dysa e Olena Harmash)

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