Papa Leão pede à mídia que evite divisões e defende libertação de repórteres presos

Por Philip Pullella e Joshua McElwee

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Leão 14, em seu primeiro discurso à mídia, nesta segunda-feira, pediu aos jornalistas que se concentrem em relatar a verdade em vez de se envolverem em divisões partidárias e fez um apelo pela libertação de repórteres presos por fazerem seu trabalho.

"A maneira como nos comunicamos é de fundamental importância: precisamos dizer 'não' à guerra de palavras e imagens, precisamos rejeitar o paradigma da guerra", disse Leão a milhares de jornalistas que cobriram sua eleição e a morte de seu antecessor, o papa Francisco.

Ele também defendeu os jornalistas presos que, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, eram 361 no final do ano passado.

"O sofrimento desses jornalistas presos desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, conclamando todos nós a salvaguardar o precioso dom da liberdade de expressão e de imprensa", afirmou o papa.

Leão, o ex-cardeal Robert Prevost, é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos. Ele foi eleito como novo pontífice católico em 8 de maio e é uma figura relativamente desconhecida no cenário global, tendo passado a maior parte de sua carreira como missionário no Peru.

O pontífice também disse aos jornalistas que eles precisam agir com responsabilidade ao usar a inteligência artificial em seu trabalho, pedindo-lhes para "garantir que ela possa ser usada para o bem de todos, para que possa beneficiar toda a humanidade".

A reunião de segunda-feira foi a primeira audiência de Leão com um grande grupo de pessoas no Vaticano. Ao entrar na grande sala de audiências do Vaticano, ele foi recebido com aplausos dos jornalistas.

O papa falou principalmente em italiano, mas começou com uma piada em inglês sobre os aplausos.

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"Obrigado por esta recepção maravilhosa", disse Leão. "Dizem que quando batem palmas no início, não importa muito. Se vocês ainda estiverem acordados no final e ainda quiserem aplaudir, muito obrigado."

(Reportagem de Philip Pullella e Joshua McElwee)

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