Cristina Kirchner pede para cumprir pena em casa: 'Segurança pessoal'

Principal líder da oposição argentina e ex-presidente duas vezes, Cristina Kirchner entrou com uma petição em um tribunal inferior para que possa cumprir sua pena por corrupção em prisão domiciliar, citando o fato de que há alguns anos ela sobreviveu por pouco a uma tentativa de assassinato.
A petição, que Cristina Kirchner compartilhou no X nesta sexta-feira, afirmava que, por razões de segurança, ela deveria ter permissão para cumprir sua pena de seis anos em sua casa em Buenos Aires. Ela descreveu a ameaça que poderia enfrentar como ex-presidente e citou que, durante o julgamento por corrupção em 2022, foi alvo de uma tentativa de assassinato que fracassou. Na ocasião, a pistola do atirador, a centímetros de sua cabeça, não disparou.
"Não se trata de um privilégio", escreveu ela no X. "Pelo contrário, segue razões estritas de segurança pessoal."
El martes, cuando el Triunvirato títere que funge como ficción de Corte Suprema de Justicia cumplió la orden de proscripción del poder económico contra mi persona, poniéndole un cepo al voto popular, mis abogados presentaron ante el Tribunal Oral Nro. 2 solicitud de detención…
-- Cristina Kirchner (@CFKArgentina) June 13, 2025
Cristina Kirchner, 72, também tem o direito de pedir prisão domiciliar ao tribunal devido à sua idade.
O tribunal criminal deve decidir sobre a petição nos próximos dias. Ela disse no X que compareceria ao tribunal na quarta-feira.
No início desta semana, a Suprema Corte da Argentina confirmou uma sentença de seis anos que considerou a ex-presidente culpada de fraude, proibindo-a de exercer cargos públicos. Cristina Kirchner, que havia anunciado planos no início deste mês para concorrer às eleições legislativas de Buenos Aires, chamou a decisão de politicamente motivada e os três juízes da Suprema Corte de "fantoches".
A sentença galvanizou uma demonstração de apoio entre o movimento peronista de Kirchner, que sofria com facções internas e desilusão. Desde a decisão, grandes protestos ocorreram no centro de Buenos Aires e bloquearam rodovias locais.
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