Vice-presidente dos EUA: Guerra não é contra o Irã, mas contra programa nuclear

O vice-presidente norte-americano, JD Vance, disse neste domingo que os EUA não estão em guerra com o Irã, mas em guerra com seu programa nuclear, acrescentando que o programa foi atrasado por um período muito longo devido aos ataques norte-americanos ordenados pelo presidente Donald Trump.

Trump disse que os EUA "obliteraram" as principais instalações nucleares do Irã em ataques na véspera com enormes bombas destruidoras de bunkers, juntando-se ao ataque de Israel contra seu rival no Oriente Médio em uma nova e significativa escalada de conflito na região.

"Não estamos em guerra com o Irã. Estamos em guerra contra o programa nuclear do Irã", disse Vance em uma entrevista à NBC. "Acho que realmente atrasamos o programa deles por um longo tempo. Acho que vai levar muitos e muitos anos até que os iranianos consigam desenvolver uma arma nuclear."

Vance acusou o Irã de não negociar de boa fé, o que, segundo ele, serviu como catalisador para os ataques dos EUA. Washington estava em conversações diplomáticas com o Irã sobre o programa nuclear de Teerã.

Teerã prometeu se defender, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar "gravemente alarmado" com o bombardeio dos EUA às instalações nucleares iranianas.

"Não queremos uma mudança de regime", acrescentou Vance. "Não queremos prolongar isso... Queremos acabar com o programa nuclear e depois conversar com os iranianos sobre um acordo de longo prazo."

Vance disse que Trump tomou a decisão final de atacar o Irã logo antes da realização dos ataques e que Washington recebeu algumas mensagens "indiretas" de Teerã desde os ataques.

Vance disse que os EUA "não tinham interesse em botas no chão".

Muitos parlamentares democratas dos EUA disseram que as ações de Trump eram inconstitucionais e que era o Congresso norte-americano que tinha o poder de declarar guerra a países estrangeiros.

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Vance respondeu a essas críticas dizendo que Trump tinha "autoridade clara para agir para evitar a proliferação de armas de destruição em massa".

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