França estabiliza déficit público e pode sair do "braço" corretivo europeu
A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira (23) que a França abandone o procedimento de déficit excessivo ao estabilizar o déficit de suas contas públicas abaixo de 3% do PIB, deixando apenas a Espanha no "braço" corretivo.
"É um momento importante para a França, o final de nove anos de um longo processo e de esforços orçamentários com resultados frequentemente dolorosos, mas necessários", declarou em entrevista coletiva o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
Nas previsões publicadas no início de maio, Bruxelas estimou que as contas públicas da segunda economia da zona euro registraria um déficit de 2,3% em 2018 e que aumentaria para 2,8% um ano depois, após 2,6% em 2017.
A Espanha continuará no braço corretivo, por ainda não registrar dois anos consecutivos com déficit abaixo do limite de 3% do Pacto de Estabilidade e Crescimento, reforçado pelos europeus para fazer frente à crise econômica anos atrás.
Segundo as previsões da Comissão do início de maio, Madri registraria em 2018 seu primeiro exercício abaixo do limite fixado com 2,6%, após 3,1% no ano anterior. Já 2019 fecharia com 1,9%.
Uma década de crise
Para Moscovici, porém, os dados da Espanha, junto com os da França, representam a "saída" de quase uma década de crise e de "normalização" econômicas, ao mesmo tempo em que lembram que "os esforços devem ser mantidos" para consolidar os "progressos desses últimos anos".
Em 2018, "a Espanha passará claramente abaixo do limite de 3% do déficit, como o restante dos países da zona euro", destacou o comissário europeu de Assuntos Econômicos, ao anunciar que adotaram uma opinião favorável "amplamente conforme" sobre o orçamento espanhol atualizado para 2018.
A proposta da Comissão Europeia ainda deve ser adotada formalmente no Conselho da UE, que reúne os países do bloco.
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