Autolib': Paris abandona locação de carros elétricos e adota patinetes
Inspirado no modelo do Velib', as bicicletas de locação parisienses copiadas pelo mundo, o Autolib' é um sistema que propõe cerca de 4 mil carros na capital francesa e redondezas. O dispositivo permite aos moradores habilitados alugar um veículo em um ponto da cidade, em estações adaptadas, e deixá-lo em outro ponto. Mais barato que serviços como Uber ou taxis, o Autolib' foi rapidamente adotado pelos parisienses que precisam eventualmente de um carro mas não querem ou não podem ter um.
O projeto foi implementado pela empresa francesa Bolloré, gigante do transporte, logística e comunicação, que tem a concessão da prefeitura de Paris para explorar o serviço até 2023. No entanto, há algum tempo o grupo alerta para o custo do serviço, que seria cada vez menos rentável.
Apesar dos cerca de 100 mil usuários inscritos, os gastos com manutenção (higienização, reparação, etc) teriam gerado, segundo a Bolloré, prejuízo de mais de € 200 milhões até o final do contrato. Além disso, o número de veículos vandalizados ou arrombados durante a noite por moradores de rua em busca de um teto não para de crescer. Diante da situação, desde maio a empresa exige que a administração pública pague o prejuízo. A prefeitura se recusou e anunciou a rescisão do contrato nesta quinta-feira (22).
Cerca de 250 pessoas trabalham no Autolib', entre manutenção e atendimento ao cliente. Bolloré afirma que vai recolocá-las em vagas dentro do grupo, mas não deu nenhum prazo.
Já a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, diz estar em contato com outras empresas para encontrar um substituto para o Autolib'.
Ir ao trabalho de patinete
Coincidência ou não do calendário, nesta sexta-feira (22) começam a circular em Paris as primeiras patinetes elétricas de locação. O serviço, que já existe nos Estados Unidos, é implementado na capital francesa pela empresa Lime, que também se instala aos poucos na Alemanha e na Suíça.
As cerca de 100 patinetes de teste têm autonomia de bateria para rodar até 50km e velocidade limitada a 24 km/h. Um trajeto custa, em média, entre €2 e €3.
O único problema é a questão da segurança e da legislação, pois como não são considerados veículos motorizados, teoricamente não precisam respeitar o código do trânsito. Mas o exemplo de São Francisco mostrou que além de perturbarem a circulação, as patinetes podem ser perigosas se usadas de forma imprudente, nas ruas ou nas calçadas. A prefeitura da cidade californiana, aliás, já está mudando sua legislação para proteger tanto os “pilotos” quanto os pedestres.
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