Grécia sobreviveu à crise, mas saiu endividada e ainda dependente da UE
“A crise grega termina aqui, nesta noite. É um momento histórico”, comemorou o comissário europeu de Assuntos Econômicos Monetários, Pierre Moscovici. Os ministros das Finanças da zona do euro anunciaram a transferência de € 15 bilhões à Grécia, marcando o fim de uma longa série de empréstimos que começou em 2010.
A Grécia recebeu no total € 273 bilhões da União Europeia e do FMI. No dia 20 de agosto, o país sairá oficialmente da tutela financeira ligada aos programas de auxílio, após ter conduzido uma série de reformas nos impostos, na aposentadoria e no salário dos funcionários públicos.
De acordo com uma pesquisa feita pelo instituto Nielsen, 75% dos habitantes não acreditam que o país poderá sair da crise econômica nos próximos doze meses. Enquanto isso, sete a cada dez gregos continuam a fazer economias nas áreas do lazer e da indumentária. O país tem quase 1 milhão de desempregados – 43% dos jovens – para uma população de 11 milhões.
Fora da tutela, mas sob vigilância até 2022
Diante do nível astronômico da dívida pública, que chega a 178% do PIB, a Grécia também se beneficiará de medidas para reduzir o peso dos empréstimos e de prorrogações das datas dos pagamentos. Sob pressão da Alemanha, entretanto, o país deverá concluir todas as reformas prometidas para ter acesso a esse “relaxamento” no pagamento das contas.
Contraditoriamente, a saída da tutela garantirá à Grécia uma vigilância extrema até 2022, nunca vista antes na Europa. “Esse quadro de vigilância pós-programa é necessário, mas não se trata de uma ‘tutela disfarçada’”, insiste Pierre Moscovici. “Quero homenagear o povo grego por sua resiliência. Seus esforços não foram em vão”, tuitou o presidente da Comissão europeia, Jean-Claude Juncker.
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