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Hellfest - maior festival de metal da França - pode reunir 200 mil pessoas em sua 12ª edição

22/06/2018 21h16

Eles se vestem de preto, com jaquetas de couro e botas pesadas – eles são barbudos, elas têm cabelos coloridos – e vêm de todos os cantos do mundo para escutar acordes ...

Daniella Franco, enviada especial da RFI a Clisson

A cidade medieval de Clisson, no oeste da França, torna-se o reduto dos metaleiros há 12 verões. Eles cruzam as fronteiras para cantar e dançar, entre milhares de amantes de música metal, ao som das maiores bandas do gênero.

Ao todo são seis palcos que recebem mais de 160 grupos da manhã de sexta-feira (22) até a noite de domingo (24). O line-up não deixa a desejar: dos veteranos do Judas Priest, Megadeth, Iron Maiden, Alice in Chains, Marylin Manson, Nightwish, Limp Bizkit, Deftones até novas bandas aclamadas pelo fiel público e novas formações como Hollywood Vampires, um trio que conta com Alice Cooper, Joe Perry e o ator Johnny Depp.

A programação faz inveja a qualquer dos grandes festivais de música da Europa que embalam o verão no Velho Continente. Batendo o recorde de público no ano passado, ao reunir 180 mil pessoas em três dias, os organizadores do Hellfest esperam contabilizar mais de 200 mil pessoas na edição de 2018.

Metaleiros brincalhões

Os metaleiros chegam a Clisson principalmente atraídos pela vasta programação. Mas o célebre clima brincalhão e divertido do festival também é um dos motivos pelos quais o Hellfest é um aclamado evento.

“A maioria das pessoas tem uma imagem ruim de quem gosta de metal, mas, na verdade é o contrário. Aqui todo mundo é acolhedor, simpático, todos se entendem, é bonito de ver. Por isso esse é o melhor festival do mundo”, diz a sorridente equatoriana Lola, que vai ao Hellfest pela sexta vez consecutiva.

Maxime, morador da cidade vizinha de Nantes, é outro “fã de carteirinha” do Hellfest. Essa é a oitava vez que ele transita pelos palcos do evento. Para ele, que classifica o festival como “um lugar para as famílias e os amigos”, o melhor do Hellfest é o público, “aberto de espírito e que ama estar aqui”.

Já o brasileiro André, de Brasília, colocou o festival de metal de Clisson em seu guia de viagens. De férias na Europa, ele, que se diz fã do gênero desde criança, não desperdiçou a possibilidade de conferir de perto a fama do Hellfest. “Infelizmente no Brasil não temos tanto espaço como aqui para esse tipo de música”, lamenta.

Mas o Hellfest também agrada quem não é fã de metal, como o pernambucano Leandro, que foi ao festival pela primeira vez com amigos metaleiros. “É um mundo novo para mim. Estou aqui para descobrir e está sendo muito legal. Todos se divertem, brincam sem estresse, é muito bom”, diz.   

15 hectares de festival

Agradar os frequentadores se tornou a expertise dos organizadores do Hellfest. Mas, apesar do vasto espaço dedicado ao evento – 15 hectares no total - ainda falta lugar para abrigar todo mundo. No portão do evento, metaleiros imploram por ingressos, sem sucesso.

A esperança de conseguir uma entrada neste fim-de-semana é praticamente nula: as primeiras entradas colocadas à venda nesta sexta-feira (22) para a edição de 2019 já se esgotaram.