Alemanha registra índice de desemprego mais baixo desde 1990
Segundo dados divulgados pela Agência alemã do emprego (Arbeitsagentur) nesta sexta-feira (29), no final de junho o país registrava 2,27 milhões de desempregados, 15 mil a menos que no mês anterior (2,31 milhões). O índice confirma as previsões das autoridades locais.
“O mercado do trabalho continua evoluindo de forma favorável. O desemprego e os subempregos diminuíram novamente. O emprego declarado, submetido às contribuições sociais, aumentou, e a busca de mão-de-obra continua crescendo”, explicou Detlef Scheele, que dirige a Arbeitsagentur. No entanto, ele ressaltou que essa dinâmica teria diminuído nos últimos tempos.
Mesmo assim, analistas estimam que o índice de desemprego na Alemanha será inferior a 5% no ano que vem. Esses números confirmam a posição de liderança do país na União Europeia, com estatísticas alavancadas pelo crescimento econômico alemão, cujas previsões foram elevadas a 2,2% para 2018.
Apesar de baixo nível de desemprego, há muita precariedade
Entretanto, alguns economistas relativizam os números do desemprego na Alemanha, lembrando que eles esconderiam uma realidade mais complexa. Afinal, o país também é conhecido por um mercado do trabalho flexibilizado, que favorece a criação de empregos precários, como os “minijobs”. O dispositivo propõe salários limitados a menos de € 10 euros por hora e permite que os patrões contratem seus funcionários para trabalhar apenas algumas horas por dia. Resultado: quem tem um minijob dificilmente ganha mais de €450 euros por mês. E, nesse caso, muitos acumulam dois, ou até três empregos para poder sobreviver.
Além disso, o salário mínimo de € 8,5 por hora, em vigor desde 2015 na Alemanha, não inclui os 3,6 milhões de trabalhadores independentes, nem vários setores que também não são sujeitos ao regime.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.