Irã reconhece vontade de salvar acordo nuclear, mas representantes falham em apresentar soluções
A reunião que aconteceu nesta sexta-feira não chegou a nenhum compromisso com o Irã, que pede garantias econômicas para lutar contra as sanções americanas. Antes mesmo que o encontro acontecesse, o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, preveniu: seria preciso de muitas outras cúpulas até chegar a uma solução aceitável.
“Os participantes prometeram seguir de perto o progresso das discussões e promover uma nova reunião para avançar nos debates”, declarou Federica Mogherini, presidente da reunião. “Os participantes confirmaram mais uma vez seu engajamento na aplicação completa e efetiva do acordo nuclear”, tuitou Mogherini mais tarde.
Nesta reunião, os países membros do acordo insistiram no desejo de ajudar o Iran para que ele continue a exportar seu petróleo, apesar do bloqueio dos Estados Unidos que voltou a impor sanções ao país. Eles também lembraram que é preciso proteger as empresas estrangeiras, prováveis vítimas das retaliações americanas.
Aplicação de medidas permanece distante
Os objetivos foram estabelecidos, mas a reunião falhou em propor meios eficientes de atingi-los. Mas o tempo é curto: as primeiras sanções americanas devem entrar em vigor já em agosto.
E o Irã deu o veredito: sem garantias econômicas satisfatórias da parte dos outros países, a nação protagonista não via interesse em permanecer no acordo e poderia retomar as atividades nucleares.
“Constatei, durante essa reunião, que todos os membros se comprometeram e têm uma vontade política de levar adiante medidas e resistir aos Estados Unidos”, declarou o chefe da diplomacia do Irã, Javad Zarif, em um vídeo divulgado pela agência de imprensa iraniana Fars.
“É a primeira vez que eles mostram um comprometimento desse nível, mais é preciso ver, no futuro, o que eles querem fazer de verdade e aquilo que eles podem fazer”, acrescentou Zarif.
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