Faltou coerência e inspiração à Seleção Brasileira, diz imprensa francesa
A saída prematura do Brasil na Copa do Mundo da Rússia lembra o pesadelo da eliminação em casa há quatro anos. Na ausência de um sistema coerente, a Seleção passou a depender dos talentos individuais, constata a AFP. Porém, essa solução demonstrou seus limites: o plano de jogo ofensivo repousou demais e quase exclusivamente em Neymar, ridicularizado por suas simulações, mas autor de performances bastante convincentes.
Nenhum jogador esteve à altura de seu potencial, incluindo Gabriel Jesus, uma das grandes decepções da Copa do Mundo, e Willian, avalia a AFP. Além disso, os brasileiros deram lugar a fraquezas defensivas em meio à recuperação (Fernandinho, Paulinho) e defesa (Miranda, Fagner). Para a agência, uma vez no campo, a emoção e a pressão parecem ter sufocado a Seleção Brasileira.
A revista Paris Match exibe a imagem do ex-jogador francês Thierry Henry consolando Neymar após a derrota de 2-1 para a Bélgica. "Programado para caminhar nos passos de Pelé e levar o Brasil ao hexa, Neymar fracassou em sua missão", diz a revista. O camisa 10 esteve pouco inspirado diante dos belgas, execrado a cada vez que rolava no chão para simular uma falta. Foi de cabeça baixa que Neymar deixou o gramado em Kazan, diz a Paris Match.
O canal de TV Eurosport lamenta que a quinta edição do clássico França - Brasil não irá acontecer. Se a semifinal contra a Bélgica perde em glamour, o jogo pode ser muito promissor. Os belgas não têm a aura do Brasil, mas serão um adversário tão saboroso quanto delicado para os franceses, conclui o canal Eurosport.
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