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Holanda relembra queda de avião da Malaysia Airlines, há 4 anos

17/07/2018 14h02

Familiares e amigos homenagearam as vítimas do voo MH17 nesta terça-feira (17) durante uma cerimônia que marcou o quarto ano da queda da aeronave, derrubada por um míssil quando passava pela zona de conflito ucraniana em 17 de julho de 2014. O Boeing da Malaysia Airlines, que realizava o trajeto entre Amsterdam e Kuala Lumpur, levava 298 passageiros a bordo, sendo 196 holandeses.

A cerimônia aconteceu no começo desta tarde (horário local) no memorial construído para as vítimas da catástrofe, inaugurado há um ano, a alguns quilômetros do aeroporto de Schiphol, próximo a Amsterdam. O primeiro ministro holandês, Mark Rutte, iniciou a homenagem colocando flores no monumento, composto com 298 árvores plantadas, uma para cada vítima.

Os nomes das vítimas foram anunciados, antes do discurso do presidente da associação das famílias, Piert Ploeg, que lembrou como continua sendo difícil conviver com a tragédia. “As autoridades ucranianas nos enrolaram e foi difícil identificar os restos mortais de nossos entes queridos”, afirmou.

Rússia por trás da tragédia

Uma equipe de investigadores internacionais liderada pela Holanda estabeleceu que o voo MH17 foi abatido por um míssil Bouk de fabricação russa, disparado pela 53a brigada antiaérea da Rússia, situada em Koursk. Essa nova informação levou Holanda e Austrália, mais atingidos em números de vítimas, a responsabilizar abertamente o governo de Putin, que voltou a negar qualquer envolvimento do país no caso.

Os investigadores pediram mais informações sobre dois principais suspeitos, mas nenhuma acusação formal foi feita até agora. “É uma tragédia que ficará marcada na história. A Holanda continuará a lutar pela verdade e justiça”, prometeu pelo Twitter o ministro holandês de Assuntos Exteriores, Stef Blok, também presente na cerimônia.

Os ministros do G7 pediram no domingo (15) que a Rússia “reconheça seu papel” no caso, afirmando que as investigações levaram a conclusões “convincentes” e “profundamente preocupantes” sobre a implicação de Moscou.

Com informações da AFP