Acesso a tratamento contra Aids bate recorde, mas ONU alerta para falta de verba
Ao todo, atualmente, 21,7 milhões de pessoas são medicadas contra a Aids: a maior proporção já atingida na história, afirma a Unaids, programa da ONU que coordena ações contra a doença.
A luta contra a Aids no mundo, no entanto, enfrenta um paradoxo. Ao mesmo tempo que se atingiu o recorde de tratamento de soropositivos, o diretor-executivo da Unaids, Michel Sidibé, teme não conseguir manter esses números. Segundo ele, faltam US$ 7 bilhões por ano para os programas de combate à doença.
EUA deve cortar contribuições à Unaids
No ano passado, US$ 20,6 bilhões de euros foram utilizados em programas de luta contra a Aids apenas nos países pobres, que, segundo o relatório, conseguem financiar somente 56% dos tratamentos. O maior contribuidor no combate à doença são os Estados Unidos, mas, sob a administração Trump, Washington prevê cortes importantes neste orçamento.
"O medo é que a diminuição nas contribuições internacionais gere uma diminuição nos investimentos internos dos países mais atingidos pela epidemia", afima Sidibé. Segundo ele, "ao menos 44 países utilizam 75% da ajuda internacional". "Se não dispusermos destes recursos, há um risco importante de um novo salto nas contaminações, com um grande risco de resistência e aumento da mortalidade devido à Aids", reiterou.
15,2 milhões de soropositivos sem tratamento
No ano passado, 940 mil pessoas morreram por causa da Aids, um número em queda se comparado com os dados de 2016, quando quase 1 milhão perdeu a vida. Atualmente 15,2 milhões de soropositivos não têm acesso a tratamento.
Além disso, apenas em 2017, 1,8 milhões de novas contaminações foram registradas no mundo, afirma a Unaids. Segundo Sidibé, para vencer a epidemia, seria necessário que 30 milhões de pacientes fossem tratados até 2020.
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