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Co-fundadora do grupo feminista Femen se suicida em Paris

24/07/2018 16h28

Oksana Chatchko, cofundadora e ex-membro do grupo feminista Femen, suicidou-se em seu apartamento em Paris, aos 31 anos –afirmou nesta terça-feira (24) a líder da organização, Inna Chevtchenko.

"Oksana foi encontrada ontem, em Paris, em seu apartamento. Ela se suicidou", afirmou Inna. Pela manhã, Anna Goutsol, outra cofundadora do movimento, confirmou a morte em sua página no Facebook, sem dar detalhes sobre a causa.

Membro-fundador do grupo de ativistas Femen, Oksana Shachko morreu em Paris em um aparente suicídio, segundo depoimentos de seus colegas, que lamentaram a perda de "uma heroína do nosso tempo".

Outra co-fundadora da Femen, Anna Hutsol, disse ao Serviço Ucraniano da RFE / RL nesta terça-feira (24) que Shachko estava morta, após relatos de que seu corpo foi encontrado em seu apartamento em Paris no dia anterior.

"Até onde eu sei, ela estava preocupada que tudo estivesse indo muito mal no mundo", disse Hutsol sobre Shachko. Ela acrescentou que "infelizmente", ela e Shachko não tinham estado muito em contato ultimamente. "RIP. A mais destemida e vulnerável nos deixou", diz um post no site da Femen. "Nós choramos junto com seus parentes e amigos e [aguardamos] a versão oficial da polícia."

Confira no vídeo abaixo a ação das Femen contra o presidente tcheco, Milos Zeman:

De acordo com seus amigos, ela deixou uma nota de suicídio", disse o post. Com outras três militantes, Oksana Chatchko fundou em abril de 2008, em Kiev, na Ucrânia, o grupo feminista. O grupo Femen é conhecido principalmente por protestos nos quais os ativistas muitas vezes descobrem seus seios - às vezes expondo slogans escritos em sua pele – intervindo em eventos políticos ou encontros.

Ativistas do Femen criticaram políticos como o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente tcheco, Milos Zeman, além de figuras públicas, como o comediante norte-americano Bill Cosby.

Uma postagem no canal “Paris Burns”, no aplicativo Telegram, escrita em russo, afirma que Oksana deixou um recado em inglês, endereçado à “boemia parisiense”, com quem ultimamente vinha tendo contato: "Vocês são todos uma farsa".

Exilada na França desde 2013, a jovem deixou a organização e continuava seu trabalho como pintora.