Onda de calor coloca França em estado de alerta
"A onda de calor começou e vai durar alguns dias!", assinala a manchete de capa do jornal Aujourd'hui en France. O jornal que dá várias dicas aos leitores para enfrentar os dias quentes e prevenir o mal-estar provocado pelas temperaturas excessivas: frequentar lugares com ar condicionado, ventilar as casas, usar vaporizadores de água e leques na rua, e principalmente, beber agua, não fazer esforços desnecessários e descansar nos horários de pico.
Para um brasileiro, acostumado com o calor, esses conselhos podem parecer absurdos, mas a França é um país de clima temperado, onde faz frio durante vários meses do ano, os verões curtos eram clementes e a maioria das casas não é equipada com ar condicionado. Mas o aquecimento global veio mudar essa realidade.
Recordes de temperaturas
Na atual onda de calor, a temperatura deve superar amanhã os 36°C em Paris e várias regiões do norte da França. Nove departamentos estão em estado de alerta a partir desta quarta-feira. O que mais preocupa as autoridades, é que as temperaturas vão continuar elevadas durante a noite, aumentando os riscos de hipertermia e desidratação principalmente em crianças e idosos.
O início do mês de agosto deve registrar temperaturas ainda maiores e, infelizmente, teremos que nos acostumar com essas ondas de calor excessivo, previne o jornal. Toda a Europa é atingida pela massa de ar quente que vem do Saara, que registra atualmente 52°C.
"A situação atual é muito próxima de 2003, quando a França sufocou durante onze dias seguidos", explica um meteorologista ouvido pelo Aujourd'hui en France. E se o aquecimento global não for contido, em dez anos o país vai bater recordes de temperaturas, registrando 45°C. Em 2050, o termômetro pode chegar a 55°C, provocando a morte de cerca de 150 mil pessoas em toda a Europa, prevê o especialista. A única solução é reduzir os gases que provocam o efeito estufa.
Pico de poluição
Junto com o calor, vem a poluição que atinge índices perigosos desde a última segunda-feira (23), completa Libération. Nesta semana, a concentração de ozônio no ar deve ultrapassar em até 40 mg/m3 o teto tolerado, provocando irritação nos olhos, dificuldades respiratórias e cardiovasculares.
Consequência, na região metropolitana de Paris os carros que mais poluem estão proibidos de circular, a velocidade máxima foi reduzida em 20km, e as usinas devem controlar suas emissões. O rodízio de veículos também deve ser decidido, estima Libération.
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