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Indonésia: turistas bloqueados após terremoto são retirados de vulcão

31/07/2018 08h25

Os cerca 500 alpinistas e seus guias foram retirados com sucesso do monte Rijani, na Indonésia, anunciaram as autoridades do país nesta terça-feira (31). Eles estavam isolados depois dos deslizamentos de terra provocados por um forte terremoto ocorrido neste domingo (29).

Segundo o porta-voz da Agência Nacional de Emergências, Sutopo Purwo Nugroho, "no total, 543 alpinistas foram evacuados e chegaram ao anoitecer". Segundo ele, "ainda restam seis pessoas, que estão sãs e salvas" no monte Rinjani. Gusti Lanang Wiswananda, porta-voz dos serviços de resgate, revelou que um alpinista morreu no local e que os seis excursionistas que permanecem no monte estão sendo acompanhados.

A descida do Rinjani foi possível depois dos guias encontrarem um caminho alternativo, que não foi bloqueado pelos deslizamentos de terra. "Todos estavam cansados, mas em boas condições, e foram examinados por nossas equipes de médicos assim que chegaram", disse o porta-voz sobre os alpinistas, que são franceses, americanos, alemães, holandeses e tailandeses.

Uma turista tailandesa contou, nesta terça, que estava dormindo quando o terremoto começou, e ela então acordou. "Senti que a terra se movia e disse para mim mesma 'o que está acontecendo?'. Saí da cama e vi um deslizamento de terra que arrastava pedras", descreveu. Um amigo dessa alpinista, também tailandês, relatou sua angústia: "toda montanha, as pedras caíam. Tive medo".

Segundo maior vulcão da Indonésia

O monte Rinjani tem 3.726 metros de altura e é o segundo maior vulcão da Indonésia. O terremoto provocou o deslizamento de toneladas de pedras e barro, que bloquearam os visitantes na montanha. As trilhas foram fechadas após o terremoto pelo temor de novos deslizamentos.

O tremor principal foi seguido por intensas réplicas e mais de 100 tremores secundários. O terremoto de domingo deixou pelo menos 16 mortos e mais de 160 feridos. Destruiu centenas de casas e provocou cenas de pânico quando os moradores e turistas correram para as ruas.

O epicentro foi situado 50 km ao nordeste de Mataram, a principal cidade da ilha de Lombok. O presidente indonésio, Jokowi Widodo, visitou na segunda-feira (30) as áreas atingidas e prometeu ajuda financeira aos moradores que perderam suas casas na catástrofe.

"Devemos ter consciência de que nosso país se encontra no círculo de fogo. As pessoas devem estar preparadas para qualquer catástrofe", afirmou Jokowi.A Indonésia, arquipélago de 17.000 ilhas, fica no círculo de fogo do Pacífico, uma região de forte atividade sísmica.

(Com informações da AFP Brasil)