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Depois de ficar conhecida pelo fuzil AK-47, marca russa Kalashnikov lança carro elétrico

30/08/2018 14h06

Do lendário fuzil de assalto AK-47 até o mercado de veículos elétricos, passando por drones e iates, a fabricante russa de armas Kalashnikov está passando por uma ...

A nova invenção do fabricante russo causou espantou já que ele fez fama como produtora de armas. O nome do inventor do AK-47 - Mikhail Kalashnikov - tornou-se sinônimo de fuzil de assalto em todo o mundo, onde a arma se espalhou sendo usada em inúmeros conflitos e guerras civis. Hoje, Kalashnikov produz 95% das armas pequenas russas e exporta para 27 países, enquanto sua famosa arma, que o grupo simplesmente chama de "o maior fuzil do século 20", está em sua quinta geração.

Reposicionamento da marca

Após a chegada de acionistas privados em 2014, foram apresentados novos modelos (fuzis de assalto, de caça, pistolas) e uma mudança de imagem foi feita com o lançamento de roupas, facas e acessórios. Também foi decidido focar nas exportações, apesar das sanções dos EUA contra a empresa por causa da crise ucraniana. Desde então, bonés, guarda-chuvas e rifles de plástico estão disponíveis nas lojas de lembranças Kalashnikov.

O resultado dessas mudanças é que a marca anunciou, em janeiro de 2017, um aumento de 30% em sua equipe de trabalho com 1.700 contratações para atender o aumento de suas exportações. Depois da imposição das sanções contra ela, a Kalashnikov transformou sua nova subsidiária nos EUA, originalmente destinada a abrir o mercado americano, em uma empresa separada, a Kalashnikov USA, que fabrica suas próprias armas.

Mercado promissor

Com seus novos modelos de veículos elétricos, a Kalashnikov embarca em um setor promissor, que ainda está engatinhando na Rússia. Este verão, o grupo forneceu 30 motocicletas e triciclos elétricos à polícia durante a Copa do Mundo."No ano que vem, começaremos a vender nossa primeira moto elétrica", disse Vladimir Dmitriev, CEO interino desde que Alexei Krivoruchko assumiu um cargo no Ministério da Defesa.

"Estamos falando de eletro-mobilidade porque entendemos que, mais cedo ou mais tarde, o motor irá desaparecer", disse Olga Boitsova, diretora comercial de produtos civis. Em 2018-2019, o grupo também deve começar a fornecer motocicletas e carros elétricos para os Emirados Árabes Unidos. Quanto ao protótipo de inspiração vintage, que tem uma autonomia de 350 km, ele ainda pode ser modificado e ainda não se sabe quando chegará ao mercado.