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Greve da Ryanair provoca anulação de centenas de voos na Europa

27/09/2018 17h58

Os sindicatos dos membros de tripulação da companhia aérea “low cost” Ryanair convocaram uma greve a partir desta sexta-feira (28).

Quando a greve foi anunciada, no início da semana, a direção da Ryanair previa anular 190 voos, afetando cerca de 30 mil passageiros. Funcionários da Espanha, Bélgica, Holanda, Portugal e Itália haviam anunciado sua adesão ao movimento.

No entanto, na quarta-feira (26) os pilotos da Alemanha decidiram aderir à greve. Com a participação dos alemães, cerca de 250 voos devem ser anulados.

Contratos na Irlanda para pagar menos impostos

Os sindicatos reivindicam melhores condições de trabalho, além de exigirem que seus contratos sejam transferidos para seus países de residência. Tradicionalmente, a empresa registra seus funcionários na Irlanda para poder se beneficiar de uma legislação mais favorável em termos de impostos e encargos sociais.

A companhia aérea tem sido afetada por várias greves nos últimos meses. No final de julho, 600 voos foram anulados e 100 mil passageiros foram afetados pela mobilização.

"Estas greves repetidas e inúteis prejudicam a atividade da Ryanair e a confiança do cliente, em um momento em que os preços do petróleo sobem", afirmou o diretor de marketing da Ryanair, Kenny Jacobs, no comunicado.

O descontentamento endêmico entre seus funcionários começou há um ano e, recentemente, forçou a empresa a negociar com os sindicatos – algo que ela sempre se recusou a fazer em seus 30 anos de existência. A companhia aérea já conseguiu acordos bilaterais com alguns sindicatos no Reino Unido, Irlanda e Itália, prometendo aumento de salário e melhores condições de trabalho, o que enfraqueceu um pouco o movimento nos últimos meses.