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Nobel de Física premia laser que revolucionou cirurgia de miopia e catarata

02/10/2018 08h10

O americano Arthur Ashkin, o francês Gérard Mourou e a canadense Donnna Strickland venceram o Prêmio Nobel de Física de 2018 por suas pesquisas sobre o laser, que permitiram o desenvolvimento de ferramentas utilizadas na indústria e na medicina. O anúncio foi feito nesta terça-feira (2/10).

O valor da recompensa é de 9 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 4.098.402. Segundo o comunicado do Nobel, a invenção “revolucionou a Física dos lasers”. Ashkin, premiado pelo estudo de pinças óticas e a aplicação em sistemas biológicos, ficará com metade do prêmio, enquanto Mourou e Strickland dividirão a outra metade, anunciou o júri do prêmio em Estocolmo.

A pinça criada por Ashkin permite a manipulação de organismos "extremamente pequenos", como as células, as partículas e os vírus. Os outros dois pesquisadores criaram um método de geração de pulsos ópticos supercurtos de alta intensidade, que possibilitam as operações de miopia ou catarata que revolucionaram a Oftalmologia.

A canadense Donna Strickland, professora da Universidade de Rochester nos Estados Unidos, se disse honrada em receber o prêmio, que apenas duas mulheres ganharam em toda a história da Academia Sueca: a francesa Marie Curie, em 1911, e Maria Goeppert Mayer, em 1963.

Nesta segunda-feira (1/10), o comitê anunciou os laureados do Nobel de Medicina, o americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo, por suas pesquisas no tratamento de cânceres agressivos. A nova terapia descoberta pelos dois pesquisadores inibe a chamada regulação da resposta imune, neutralizando os microrganismos estrangeiros que atacam as células sadias.

Laureado de química será conhecido amanhã

Nesta quarta-feira (3/10), será a vez de a Academia entregar o prêmio Nobel de Química. Os laureados da categoria Paz e Economia serão revelados na sexta-feira (5/10) e segunda-feira (11). O prêmio de Literatura será conhecido apenas em 2019. O motivo é o escândalo sexual envolvendo o produtor francês Jean-Claude Arnault, casado com a escritora Katarina Frostenson, da Academia Sueca, considerado culpado de uma das acusações de crime sexual. O caso provocou uma série de afastamentos de membros da instituição.