Andrei Girotto, ex-Palmeiras, elogia técnico "linha dura" mas sente falta da descontração brasileira
O FC Nantes, um dos mais tradicionais clubes franceses, de onde saíram grandes nomes do futebol mundial como o atual técnico da França, Didier Deschamps, começou esta temporada (2018/19) na lanterna do campeonato francês. Mas com a chegada do novo treinador, o franco-bósnio Vahid Halilhodzic, que no passado foi jogador do Nantes, o time pulou da penúltima colocação para o meio da tabela. Com isso, alguns brasileiros, como o volante Andrei Girotto, voltaram a ganhar lugar de destaque nesta que é uma das equipes mais vencedoras da França, com 8 títulos conquistados.
O FC Nantes, um dos mais tradicionais clubes franceses, de onde saíram grandes nomes do futebol mundial como o atual técnico da França, Didier Deschamps, começou esta temporada (2018/19) na lanterna do campeonato francês. Mas com a chegada do novo treinador, o franco-bósnio Vahid Halilhodzic, que no passado foi jogador do Nantes, o time pulou da penúltima colocação para o meio da tabela. Com isso, alguns brasileiros, como o volante Andrei Girotto, voltaram a ganhar lugar de destaque nesta que é uma das equipes mais vencedoras da França, com 8 títulos conquistados.
O gaúcho de Bento Gonçalves chegou ao clube no ano passado, quando o time estava sob o comando do italiano Claudio Ranieri. Com ele, Andrei era titular quase absoluto, mas com a chegada do português Miguel Cardoso, o brasileiro acabou perdendo espaço, algo sempre frustrante para qualquer jogador de futebol. Mas Andrei lembra que no futebol profissional é preciso enfrentar todos os obstáculos de cabeça fria. “Passei por alguns momentos difíceis na minha carreira. Isso fez com que eu já estivesse preparado mentalmente para enfrentar o tempo que fiquei de lado. É difícil o jogador não jogar, mas eu sabia que o futebol tem altos e baixos e que uma hora iria chegar minha chance. Se eu não estivesse preparado, seria pior para mim. O que eu fiz de melhor foi continuar treinando forte para que o treinador Vahid pudesse olhar pra mim”, conta Girotto.
Com Vahid Halilhodzic, Andrei passou a ser peça chave no esquema do franco-bósnio. Desde sua chegada, o Nantes, que vinha de 5 derrotas, 3 empates e apenas uma vitória, está invicto há um mês, e venceu duas das 5 partidas que disputou por goleada. 4 a 0 no Toulouse e 5 a 0 no Guinguamp. Andrei Girotto afirma que com a chegada de Vahid, tudo mudou. “Senti muita mudança. Ele tem um método totalmente diferente dos últimos treinadores. Com ele o trabalho é mais intenso, mais focado, mais disciplinado, com muito mais objetividade, algo que faltava para o nosso time. No dia a dia, a preparação física é muito forte. Com a pausa no campeonato por causa dos amistosos internacionais, nós aproveitamos para botar o condicionamento físico em dia. Isso é muito importante. A equipe estando bem fisicamente ela dá melhores resultados”, afirma o gaúcho.
Futebol diferente
No Brasil, Andrei foi campeão da Copa do Brasil pelo Palmeiras em 2015 e conta que o futebol na França é bem diferente. “O futebol brasileiro é mais cadenciado. Ele é mais resolvido em jogadas individuais. O francês é mais intenso, mais conjunto. Todo time tem que jogar junto, marcando forte, sempre no mesmo objetivo. Todos atacam e todos defendem”, diz o jogador. “No Brasil os talentos individuais se sobressaem em alguns jogos. Quanto aos treinamentos, são bem parecidos, mas eu acho que aqui o futebol é mais intenso”, completa.
Apesar de achar que os treinamentos são parecidos, Andrei Girotto sente falta de uma prática que só existe no Brasil: o rachão, uma partida sem compromisso de tática ou posição dos jogadores. “No Brasil, na véspera de cada jogo nós sempre procuramos a descontração, aquele rachão, e sempre com alguma aposta. Já aqui na França, é toda semana focado no jogo. Não tem aquele momento de descontração. Mas acho que seria bom o rachão aqui também, já que temos a responsabilidade durante toda a semana de estar 100% focado na parte tática, no alto nível, e o rachão é a oportunidade de ter aquele momento que dá para descontrair a cabeça sem aquela preocupação de acertar, somente curtindo aquela brincadeira com o companheiro de trabalho, acho que as vezes é válido”, afirma Girotto.
Uma grande família
O número de brasileiros no campeonato francês passa de 30. É a segunda nacionalidade mais representada, ficando somente atrás dos franceses. Ou seja, uma grande família. “Pude conversar bastante com o Luiz Gustavo [do Olympique de Marselha] e o Ganso [do Amiens]. Aqui no Nantes são seis brasileiros. A gente procura se enturmar porque não é fácil viver longe. Com um pouco de brasileiros a gente se entende melhor. Aqui no Nantes, tentamos fazer as coisas juntos, sempre se divertindo e levando um pouco do Brasil pra cá.
Andrei Girotto, que tem contrato com o Nantes até 2021, lembrou de outros brasileiros que tiveram passagem vitoriosa pela França, como o Juninho Pernambucano que conquistou diversos títulos pelo Lyon. Com o time mais competitivo desde a chegada de Vahid Halilhodzic, o gaúcho espera também deixar a sua marca no campeonato francês.
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