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Avião da Lion Air que caiu na Indonésia não deveria ter sido autorizado a voar

28/11/2018 13h13

O avião da Lion Air que caiu na Indonésia no fim de outubro matando 189 pessoas, não deveria ter sido autorizado a voar. Segundo informações divulgadas pela Agência de Segurança nos Transportes nessa quarta-feira (28), o Boeing havia sofrido um problema técnico em um voo anterior.

O avião da Lion Air que caiu na Indonésia no fim de outubro matando 189 pessoas, não deveria ter sido autorizado a voar.

"Durante o voo de Denpasar a Jacarta, anterior à viagem fatal, a aeronave sofreu um problema técnico, mas o piloto decidiu continuar o voo", declarou Nurcahyo Utomo, diretor da agência. "Na nossa opinião, o avião não estava em condições de voar e não deveria ter continuado", disse Utomo.

No relatório da investigação preliminar, a agência indonésia destaca que a companhia aérea deveria reforçar as medidas de segurança. O documento não revela as causas, mas apresenta uma ideia da investigação, além fazer recomendações. O relatório final será apresentado em 2019.

Durante o último voo, os pilotos perguntaram aos controladores quais eram a velocidade e altura da aeronave. Eles citaram "problemas com os controles de voo", segundo o relatório.

O avião havia registrado problemas similares durante um voo precedente. Mas os pilotos passaram para o sistema manual para recuperar o controle da aeronave. No entanto, os investigadores não explicaram por quê os pilotos do último voo JT610 não conseguiram fazer o mesmo.

A Lion Air deve adotar medidas "para melhorar sua cultura de segurança" e garantir que todos os todos os documentos operacionais, que detalham os reparos nos aviões, "estejam preenchidos e documentados de modo adequado", afirma o relatório.

O Boeing 737 Max 8 da companhia de baixo custo, que seguia para Pangkal Pinang, caiu em 29 de outubro no mar de Java, 10 minutos depois de decolar de Jacarta. Até agora, das 189 pessoas a bordo, apenas 125 foram identificadas.

(Com informações da AFP)