"Muita gente procurava uma confeitaria menos doce", diz chef francês radicado em Brasília
Dono de confeitaria em Brasília, o chef francês Daniel Briand mudou-se para o Brasil há 23 anos. Em entrevista à RFI, ele afirma que foi um dos pioneiros dessa arte culinária na cidade realizada por Oscar Niemeyer e ressalta que a ausência de açúcar em suas receitas foi o que deu sucesso a seu negócio.
Dono de confeitaria em Brasília, o chef francês Daniel Briand mudou-se para o Brasil há 23 anos.“No início, minha clientela vinha do Itamaraty, eram jornalistas, pessoas de passagem", afirma Daniel Briand. "Eles reclamavam porque as minhas tortas, menores, custavam o mesmo preço que as tortas brasileiras tradicionais, que são maiores. Mas aos poucos foram descobrindo e começando a gostar.”
Daniel Briand afirma que não precisou adaptar suas receitas francesas ao paladar brasileiro, que é mais açucarado. “Na França, sempre procurei colocar cada vez menos açúcar, menos gelatina. Quando abri minha confeitaria em Brasília, decidimos fazer desse jeito. E foi o que deu sucesso para a gente. Muita gente, há vinte anos, já procurava uma confeitaria menos doce”, lembra.
Mercado brasileiro mudou
“Em 1993, não tinha manteiga sem sal no Brasil. Era complicado”, afirma o chefe. “Mas quando você começa a criar um mercado, o próprio mercado reage e hoje tem manteigas feitas artesanalmente. Isso é muito bom.”
Questionado sobre sua comida preferida, Briand responde que “não é de comer, é a caipirinha”. Ele também conta que gosta de ir aos self-services brasileiros, além de apreciar a carne e a mandioca. E revelou, por fim, o que menos gosta. “Jaca é complicado para mim”, brinca.
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