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Equipe de TV morre em atentado terrorista na Somália

22/12/2018 11h29

Um ataque a bomba reivindicado pelo grupo extremista Al Chabaab deixou pelo menos treze mortos e 17 feridos neste sábado (22) na Somália. A explosão aconteceu no centro da capital Mogadiscio.

Um ataque a bomba reivindicado pelo grupo extremista Al Chabaab deixou pelo menos treze mortos e 17 feridos neste sábado (22) na Somália.

Segundo fontes da polícia, um carro-bomba explodiu em um posto de segurança a cerca de 400 metros da residência Presidencial. Uma segunda explosão, ainda mais forte de acordo com testemunhas, ocorreu em seguida, na mesma área. Em uma declaração de reivindicação do atentado, emitida pelo rádio, a milícia Al Chabaab, grupo islamita afiliada à Al Qaeda, afirma que foi um segundo carro-bomba.

As vítimas dos ataques são soldados e civis, entre eles um jornalista, dois seguranças e um motorista que trabalhavam para a rede de TV Universal, com sede em Londres. O veículo da equipe de reportagem estava cruzando o posto de segurança quando o carro-bomba explodiu. Segundo a emissora, uma das vítimas tem nacionalidade somali e britânica e foi identificado como Awil Dah.

Dezessete pessoas ficaram feridas, segundo informações do comandante da polícia local, Mohamed Hussein. As forças de segurança isolaram a área e uma investigação foi aberta. "Eu vi os cadáveres de várias pessoas, incluindo membros das forças de segurança", disse Idil Hassan, que testemunhou o ataque.

Outra testemunha, Osman Fahiye, informou que um dos principais oficiais de Banadir, uma região que circunda Mogadiscio, ficou ferido na segunda explosão. "Ele estava levemente ferido, mas seus guardas foram mortos", disse Fahiye.

Grupo mantém controle de áreas rurais

O grupo al Chabaab foi expulso da capital, em 2011, perdendo muitos de seus redutos. Contudo, mantém o controle de grandes áreas rurais da Somáalia e continua a empreender uma guerra contra as autoridades. Os ataques dos extremistas islâmicos visam regularmente hotéis e restaurantes em Mogadiscio.

Um atentado ainda mais violento ocorreu em 14 de outubro de 2017, quando 512 pessoas foram mortas em Hodan, um movimentado distrito comercial da capital.