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Macron pede a franceses para acreditarem na Europa em saudação de ano Novo

01/01/2019 09h54

O jornal Le Figaro destaca nesta terça-feira (1) que após dezenove meses de sua eleição, Emmanuel Macron enfrenta um momento decisivo de seus cinco anos de mandato. Em meio ao movimento de "coletes amarelos" e ao ressurgimento do caso Benalla, a tradicional saudação do presidente da República aos franceses era aguardada ansiosamente.

O jornal Le Figaro destaca nesta terça-feira (1) que após dezenove meses de sua eleição, Emmanuel Macron enfrenta um momento decisivo de seus cinco anos de mandato.

Segundo o diário, o chefe de Estado apontou que certas "reformas, antes consideradas impossíveis, como a da empresa pública de ferrovias", foram realizadas em 2018. Macron citou, ainda, mudanças no sistema de educação, melhoria da organização de hospitais, clínicas e médicos, a luta contra o aquecimento global e a pobreza extrema.

O Figaro destacou o pedido do presidente para que os franceses "superem o egoísmo nacional, os interesses particulares e o obscurantismo juntos, numa era de reviravoltas sem precedentes e que põe em cheque a ordem nacional".

Porém, segundo o presidente, "não se pode trabalhar menos e ganhar mais, diminuir os impostos e aumentar os gastos, não mudar de hábitos e respirar um ar mais limpo", salientou a reportagem.

Na capa de sua edição de hoje, o jornal econômico Les Echos mostra que 2018 "não poupou os franceses de emoções fortes", como destacou Macron em seu discurso ao lembrar da vitória do país na Copa do Mundo, e as comemorações do armistício da Primeira Guerra Mundial.

Três votos do presidente

A reportagem segue apontando os três votos de Emmanuem Macron aos cidadãos: "verdade", "dignidade" e "esperança" para 2019. E conclui dizendo que o presidente vai se dirigir à população nos próximos dias para preparar o grande debate nacional proposto por seu governo.

O jornal le Parisien destaca em sua manchete de hoje que Macron parte novamente à ofensiva.

Enquanto o Libération afirma que o chefe de Estado quis responder à raiva, castigando aqueles que afirmam falar em nome do povo, transmitindo o ódio.

Porém, preocupado em não alimentar ainda mais o descontentamento da população, Macron disse que continuaria "trabalhando", "orgulhoso" da França e de todos os franceses e "determinado a liderar a luta".

Uma luta que, segundo o jornal, ele não deixou dúvidas sobre a sua natureza: continuar o plano iniciado "desde o primeiro dia de governo", com "constância e determinação" para criar "um projeto profundamente francês e europeu".

Projeto Europeu

A menos de cinco meses das eleições para a renovação do Parlamento Europeu, Macron anunciou que irá propor "um projeto renovado", para pôr fim ao "sentimento de impotência". Ele diz acreditar "profundamente em uma Europa capaz de proteger e restaurar a esperança", garantindo inovação, "justiça fiscal" e "uma resposta comum à migração".