Lisboa se prepara para construção de segundo aeroporto
A empresa francesa Vinci Airports acaba de assinar um acordo para construir o segundo aeroporto de Lisboa. A operadora aeroportuária é a mesma que administra o aeroporto de Salvador, na Bahia. Mas o projeto português pode esbarrar em obstáculos ambientais.
A empresa francesa Vinci Airports acaba de assinar um acordo para construir o segundo aeroporto de Lisboa.O acordo entre o grupo francês e as autoridades portuguesas foi assinado na terça-feira (8). O novo aeroporto será realizado em Montijo, cidade ao lado de Lisboa, situada na margem oposta do rio Tejo, onde já existe uma base aérea militar. A previsão é de conclusão em 2022.
Além da construção de Montijo, que teria capacidade para acolher sete milhões de passageiros, o acordo prevê a extensão do aeroporto lisboeta Humberto Delgado, que já está operando no limite de suas capacidades. Um sistema de transporte direto entre os dois também está nos planos.
O projeto total contará com um investimento de mais de € 1 bilhão até 2028, dos quais € 650 milhões serão gastos apenas na primeira fase de ampliação do aeroporto já existente e € 500 milhões em Montijo. Espera-se dobrar o número de passageiros quando a obra for concluída.
A empresa francesa já administra 10 aeroportos em Portugal e acaba de assumir o controle de Gatwick, na região de Londres. O grupo Vinci, que é candidato no projeto de privatização das estruturas aeroportuárias parisienses, das quais já é acionista, também está presente no Brasil, onde administra o aeroporto internacional de Salvador, que ficará sob sua tutela nos próximos 30 anos.
Ecologistas criticam projeto
No entanto, apesar da pompa no anúncio do novo aeroporto português, o projeto é alvo de críticas, principalmente de grupos ecologistas, que temem pelo impacto para o meio ambiente. A atual base aérea militar fica em um estuário que abriga muitos pássaros.
Apesar da contestação dos ecologistas, o prefeito de Lisboa, Fernando Medina, saudou o projeto, lembrando que um novo aeroporto e a extensão da estrutura já existente é importante para o desenvolvimento do turismo na região, que viu seu tráfego aéreo dobrar em apenas seis anos. Os turistas trouxeram € 15 bilhões para a economia portuguesa em 2017 e as autoridades esperam atingir os € 27 bilhões de faturamento em menos de dez anos.
No entanto, a questão ecológica pode ser um obstáculo para todas essas previsões otimistas. O primeiro-ministro português, António Costa, declarou esta semana que o aeroporto “não se fará se o estudo de impacto ambiental não o permitir”.
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