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Presidente do Comitê Olímpico Japonês foi acusado de corrupção

11/01/2019 08h16

O presidente do Comitê Olímpico Japonês, Tsunekazu Takeda, foi acusado em dezembro, em Paris, por "corrupção ativa" em uma investigação francesa sobre a atribuição dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A informação foi divulgada por uma fonte judicial nesta sexta-feira (11) e confirma uma notícia do jornal "Le Monde".

O presidente do Comitê Olímpico Japonês, Tsunekazu Takeda, foi acusado em dezembro, em Paris, por "corrupção ativa" em uma investigação ...

Takeda foi acusado em 10 de dezembro pelos juízes de instrução parisienses que, há três anos, buscam esclarecer um pagamento suspeito de 2 milhões de euros feito durante a campanha pela candidatura japonesa, em 2013. Tóquio derrotou as candidaturas de Madri e Istambul. A suspeita é de que o comitê japonês tenha pago propina para vencer a concorrência.

A investigação foi aberta em maio de 2016 e apura dois pagamentos feitos à empresa Black Tidings, ligada a Papa Massata Diack, pivô de vários casos de corrupção no esporte mundial.

Japão também investigou

Takeda também é vice-presidente do Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos de 2020.Ele foi interrogado sobre o caso no início de 2017 por juízes japoneses, a pedido da justiça francesa. Depois da revelação das acusações, o Comitê Olímpico Japonês designou um painel de três juízes para investigar a suspeita, mas eles não se aprofundaram na missão e não encontraram sinais de corrupção.

Segundo o comitê afirmou na época, o valor suspeito se referia a “remunerações legítimas de um consultor” e ninguém sabia que a Black Tiding, sediada em Singapura, era ligada a Papa Massata Diack. O poderoso consultor da Federação Internacional de Atletismo é suspeito de ter recebido milhões de euros de propina em contratos de propaganda e por favorecer as candidaturas do Rio de Janeiro e de Tóquio aos Jogos de 2016 e 2020.

Refugiado no Senegal, Papa Massata jamais pôde ser ouvido pela justiça francesa, que emitiu um mandado internacional de prisão contra ele e seu pai, Lamine Diack, ex-presidente da FIA e influente personalidade dentro do COI (Comitê Olímpico Internacional).

Com informações da AFP