"É um dia histórico para a Itália", diz Salvini na chegada de Battisti a Roma
Cesare Battisti, o ex-ativista de extrema esquerda condenado por quatro assassinatos e expulso da Bolívia no domingo (13), onde se refugiou depois de ficar no Brasil por uma década, chegou à Itália nesta segunda-feira (14) para cumprir uma pena de prisão perpétua.
Cesare Battisti, o ex-ativista de extrema esquerda condenado por quatro assassinatos e expulso da Bolívia no domingo (13), onde se refugiou depois de ficar no Brasil por uma década, chegou à Itália nesta segunda-feira (14) para cumprir uma pena de prisão perpétua.
Rafael Belicanta, correspondente da RFI em Roma
“É uma segunda-feira histórica para a Itália e para os italianos”, definiu o ministro do Interior Matteo Salvini, durante uma coletiva de imprensa na pista do aeroporto. Ele estava ao lado do ministro da Justiça, Alfonso Bonafede. Uma centena de jornalistas esperava por Battisti. Salvini afirmou pelas redes sociais que 30 mil pessoas aguardavam a chegada do ex-ativista.
"Agora vítimas podem descansar em paz"
"Esse bandido, que passou anos nas praias do Brasil ou tomando champanhe em Paris, matou (entre 1978 e 1979) um marechal de 54 anos, um açougueiro, um joalheiro e um jovem policial. Ele tem que ir para a cadeia pelo resto de sua vida ", disse Salvini aos repórteres no domingo (13).
"Agora as vítimas podem descansar em paz", acrescentou Alberto Torregiani, filho do joalheiro assassinado diante de seus olhos quando ele tinha 15 anos. Ferido na tragédia, ele ficou tetraplégico.
Cesare Battisti, que integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, nos anos 1970, foi entregue às autoridades italianas no aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de la Sierra, por volta das 17h deste domingo (13), e enviado para a Itália.
Fim da fuga
Com a prisão, chega ao fim uma fuga de 37 anos. Battisti fugiu da prisão em 1981, viveu refugiado em Paris e logo depois foi para o México. Desde então nunca mais pisou na Itália.
Quatro anos após fugir da cadeia, ele foi julgado à revelia e condenado à prisão perpétua por 4 assassinatos, dois cometidos e participação em outros dois. Em 1991, a sentença foi confirmada pela Corte Suprema italiana (Cassazione).
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