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Autoridades colombianas identificam autor do atentado de Bogotá

17/01/2019 17h57

A Procuradoria colombiana anunciou que identificou o homem que fez explodir, nesta quinta-feira (17), um carro com 80 quilos de explosivos em uma academia da polícia em Bogotá. O ataque, que está sendo apontado como o mais grave desde o fim do conflito armado com as FARC, causou nove mortos e deixou 54 feridos.

A Procuradoria colombiana anunciou que identificou o homem que fez explodir, nesta quinta-feira (17), um carro com 80 quilos de explosivos em uma academia da polícia em Bogotá.

"Conseguimos estabelecer a autoria material deste execrável crime, deste ato terrorista, encabeçado pelo senhor José Aldemar Rojas Rodríguez", declarou o chefe do organismo de investigação, Néstor Humberto Martínez. Ele não informou se o autor do ataque está envolvido com algum grupo armado.

O ataque visava a Escola de Oficiais General Francisco de Paula Santander. A explosão ocorreu após uma cerimônia de promoção de oficiais. O ministério da Defesa confirmou rapidamente que se tratava de um "ato terrorista"

“A Colômbia não se curvará diante da violência”, disse presidente

Após o atentado, o presidente colombiano Iván Duque cancelou um conselho de segurança em Quibdó, no noroeste do país, e retornou à capital para se reunir com a cúpula militar. "Todos nós, colombianos, rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para enfrentá-lo. A Colômbia está triste, mas não se curvará diante da violência", escreveu o presidente no Twitter.

Duque, que assumiu o cargo em agosto de 2018, tem endurecido a política de combate às drogas no país, maior produtor de cocaína do mundo, e estabeleceu condições para reavivar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), última guerrilheira ativa no país.

Esse foi o ataque mais grave desde a desescalada do conflito armado em razão do pacto de paz selado com a ex-guerrilha das FARC no final de 2016. No entanto, a cidade de Bogotá, com cerca de oito milhões de habitantes, foi abalada por atos esporádicos de terror.

Em fevereiro de 2017, o ELN assumiu a responsabilidade por um ataque a uma patrulha policial que matou um soldado e feriu gravemente vários outros no bairro de Macarena, em Bogotá. Naquele mesmo ano, um atentado visando um centro comercial na capital deixou três mortos e vários feridos.

(Com informações da AFP)