El Chapo é declarado culpado e pode pegar prisão perpétua
O narcotraficante mexicano Joaquim Guzman, conhecido como "El Chapo", de 61 anos, foi declarado culpado nesta terça-feira (12). O anúncio foi feito após três meses de processo, onde foi relembrada e analisada a extrema violência dos carteis de droga.
O narcotraficante mexicano Joaquim Guzman, conhecido como “El Chapo”, de 61 anos, foi declarado culpado nesta terça-feira (12).O veredito, anunciado pelos 12 juízes do Tribunal Federal de Brooklyn, deve condenar El Chapo, segundo a lei americana, à pena perpétua. O México colaborou com os Estados Unidos para a extradição do narcotraficante, capturado em janeiro de 2017, após ter escapado duas vezes das autoridades mexicanas.
Os investigadores americanos ouviram 56 testemunhas, incluindo vários ex-funcionários ou pessoas que tinham ligação com El Chapo. Eles o acusaram de co-dirigir o poderoso cartel de Sinaloa, criado entre as montanhas do oeste do México.
Várias testemunhas, que agora estão presas nos Estados Unidos ou sob a proteção das autoridades americanas, descreveram com muitos detalhes a organização do cartel e o papel central de El Chapo. O líder mafioso organizava a exportação de várias toneladas de cocaína da Colômbia aos Estados Unidos, além de ordenar diversos atos violentos para neutralizar seus rivais e manter um esquema de corrupção sistêmico com a polícia, militares e representantes do governo mexicano.
Carteis continuarão sem El Chapo
Após a oficialização da sentença, que deve ocorrer daqui a alguns meses, El Chapo poderá ser transferido para a prisão do Colorado, considerada como uma das mais seguras dos Estados Unidos. Sua condenação é uma vitória para o governo americano, que não conseguiu a extradição do colombiano Pablo Escobar, morto numa operação policial em Medelin em 1993.
A intenção da justiça americana era expor em detalhes o funcionamento dos carteis latino-americanos, que invadem os Estados Unidos com suas drogas desde os anos 1980. O cartel de Sinaloa, de onde veio El Chapo, está longe de ser erradicado. Seu “co-diretor”, Ismael “El Mayo” Zambada, continua em fuga.
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