Recurso bloqueia libertação de Carlos Ghosn aceita pelo tribunal de Tóquio
O executivo Carlos Ghosn aguarda uma decisão da Suprema Corte japonesa sobre sua libertação mediante pagamento de fiança. Logo depois de o tribunal do distrito de Tóquio ter acatado o pedido de soltura, apresentado pelo novo advogado do executivo, nesta terça-feira (5), o Ministério Público japonês entrou com um recurso para mantê-lo detido.
O executivo Carlos Ghosn aguarda uma decisão da Suprema Corte japonesa sobre sua libertação mediante pagamento de fiança.O ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi Motors está preso desde 19 de novembro passado, acusado de fraude financeira pela montadora Nissan, que ele presidia. A fiança determinada pelo tribunal de Tóquio para a libertação do executivo foi de 1 bilhão de yens, cerca de 34 milhões de reais.
Outras medidas foram estabelecidas para evitar que Ghosn, 64 anos, possa falsificar provas de seu processo: se for libertado em regime condicional, o executivo ficará proibido, por exemplo, de sair do Japão e será colocado sob a vigilância constante de câmeras de segurança.
Este foi o terceiro pedido de defesa do ex-CEO, e o primeiro desde que ele mudou sua equipe de defesa, no início de fevereiro. Ghosn considerou que Motonari Otsuru, um ex-promotor que o defendeu desde o início de sua detenção, estava muito passivo ante a agressividade da equipe de acusação. Ele decidiu contratar veteranos dos tribunais, incluindo Junichiro Hironaka, um conhecido e experiente advogado japonês.
"Os promotores o mantém preso porque ele não confessa. Eu gostaria que as pessoas se perguntassem se isso é apropriado do ponto de vista das normas internacionais", criticou o advogado a jornalistas, na semana passada.
Para justificar a recusa da liberação, o juiz do tribunal de Tóquio alegou os riscos de fuga e alteração de provas. A família de Ghosn, por sua vez, anunciou ontem que iria entrar com recursos pelo desrespeito a direitos fundamentais em jurisdições da ONU.
Ghosn é acusado de três crimes de quebra de confiança e dissimulação de renda para as autoridades do mercado acionário japonês entre 2010 e 2018, delitos que ele nega.
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