Coreia do Norte: eleitores "escolhem" membros do Parlamento em legislativas de partido único
Os norte-coreanos vão às urnas neste domingo para eleger os 678 deputados da Assembleia Popular Suprema (APS), que é renovada a cada cinco anos.
Os norte-coreanos vão às urnas neste domingo para eleger os 678 deputados da Assembleia Popular Suprema (APS), que é renovada a cada cinco anos.
Frédéric Ojardias, correspondente da RFI em Seul
Em uma ditadura considerada como uma das mais repressivas do mundo, a lei estipula que cada circunscrição tenha apenas um candidato, designado pelo Partido dos Trabalhadores, o único autorizado no país, do líder Kim Jong-un.
Apesar das eleições na Coreia do Norte poderem ser consideradas como uma farsa, elas são importantes para política do regime. O pleito é uma ferramenta de controle social e ideológico, que possibilita às autoridades verificar a “lealdade” de cada norte-coreano, que só pode votar a favor ou contra o único candidato definido pelo governo.
Apesar de na prática a população ter escolha, poucos norte-coreanos se arriscam a se opor à indicação de Kim Jong-un. Nas últimas eleições, há cinco anos, a taxa de participação foi de 99,97% e cada representante eleito da Assembleia Popular Suprema teve 100% dos votos.
Governo “igualitário e democrático”
O regime também aproveita as eleições para fazer propaganda da “unidade nacional” e dos "benefícios" de um sistema apresentado como "igualitário e democrático", no qual o governo se encarrega de definir o destino de cada norte-coreano na sociedade, inclusive sua profissão.
Para observadores internacionais, as eleições são uma maneira de saber quais representantes da elite estão ganhando cada vez mais espaço no poder ou, ao contrário, perdendo influência junto a Kim Jong-un. A Assembleia Nacional Suprema, na verdade, tem um poder reduzido e apenas valida as decisões tomadas pelo líder Kim Jong-un.
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